A energia eólica é um bom caminho, não agride o meio ambiente e pode ser uma alternativa viável no Pará, principalmente na região do Marajó e Salgado.
Daniel Mello - Agência Brasil - 11/02/2011
O presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Ricardo Simões, defendeu a criação de um centro de pesquisas e de um centro de testes para desenvolver equipamentos voltados ao setor.
Tecnologia eólica
Simões lembrou que o crescimento da importância das usinas movidas pelo vento na matriz energética brasileiras ocorreu devido a uma "janela de oportunidade", a crise financeira de 2009.
"Precisamos dominar essa tecnologia. Motivar os investidores que estão aqui para instalar as suas máquinas", disse ele no Wind Forum Brazil 2011, encontro que debateu questões de interesse do setor de geração eólica.
O desaquecimento econômico aumentou a capacidade ociosa das empresas da União Europeia, o que deixou os equipamentos mais baratos. A valorização do real em relação ao dólar também facilitou a aquisição desses equipamentos.
O Brasil gera atualmente 930,5 megawatts-hora (MWh) com as usinas eólicas. Em 2009, os ventos produziam apenas 606 MWh.
Leilões de energia eólica
Mas a perspectiva de expansão é grande: nos leilões promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2009 e 2010 foram comercializados 3,8 mil MW, que deverão ser entregues até 2013.
Agora, Simões defende a continuidade dos leilões que priorizem a energia eólica pelo período de mais oito ou dez anos, como incentivo para o setor. "É fundamental continuarmos com leilões exclusivos para consolidarmos a produção de equipamentos".
No entanto, o especialista em regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Aymoré de Castro Alvim Filho, que também participou do evento, acha desnecessários os leilões voltados apenas para comercialização da energia eólica. "Não precisa mais ter leilão específico para eólica, a eólica já se mostrou bastante competitiva", ressaltou
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