segunda-feira, 18 de junho de 2012

Armando Mendes: um grande pensador da Amazônia


Armando Dias Mendes. Ícone do pensamento crítico sobre o desenvolvimento da Amazônia; Doutor
 honoris causa pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e pela Universidade da Amazônia (UNAMA); Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais; Especialista em Planejamento Regional; Professor e Pró-Reitor da UFPA; Fundador do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA). Foi Assessor Especial do Ministro e Secretário-Geral do Ministério da Educação; Professor Colaborador da UnB; Relator do Currículo Mínimo do Curso de Ciências Econômicas no Conselho Federal de Educação; Presidiu o BCA/BASA; Presidiu a Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia e Personalidade Econômica do Ano de 2006 pelo Conselho Federal de Economia onde atuava como Consultor para Amazônia, desenvolvimento sustentável e ensino superior.


Armando Mendes deixou um legado intelectual por meio de inúmeros livros publicados: Estradas para o desenvolvimento; Viabilidade Econômica da Amazônia; A Invenção da Amazônia; Instrumentos para a Invenção da Amazônia; Ciência, Universidade e Crise; O mato e o mito; A casa e as suas raízes; A cidade transitiva; Amazônia – modos de (o)usar; e, O Economista e o Ornitorrinco.


O último dia 06 de junho o professor Armando Mendes, como gostava de chamá-lo, brindou uma atenta plateia por ocasião da abertura do VI Encontro de Economistas da Amazônia com a Conferência Magna: “1912 – 2012 Cem Anos da Crise da Borracha na Amazônia: Do Retrospecto ao Prospecto”. Não imaginávamos, mas era a sua despedida! Deixou a nossa convivência em alto estilo, com humor, irreverência, mas acima de tudo apresentando uma visão crítica sobre a forma como a nação brasileira trata a Amazônia. Relacionou a problemática da Amazônia com diversos clássicos da literatura brasileira. Chamou atenção para a forma como a Amazônia vem sendo castigada por um pacto federativo perverso. Recorrendo a sua memória histórica contou ao público presente como a Constituição “Cidadã” de 1988, que se propunha lutar contra as desigualdades sociais e regionais, foi, por manobras das bancadas de estados mais desenvolvidos, distorcida em seus aspectos fundamentais. Para Armando Mendes a Constituição Federal é contraditória na medida em que por meio de uma série de legislações complementares acabou construindo um modelo federativo que reforça as desigualdades regionais. Assim, se referindo a forma como alguns estados são tratados, destacou que “alguns são mais iguais do que os outros!”


Como bons discípulos, se aprendemos bem a lição do mestre Armando Mendes, podemos dizer que se em algum momento a Amazônia como nós hoje a conhecemos foi inventada, e o foi, principalmente através de políticas e ações coordenadas pelo Governo Federal, hoje a Amazônia precisa ser reinventada. 


Compartilho em sua homenagem um pequeno trecho da abertura de uma conferência proferida por ele por ocasião do XXI Simpósio Nacional dos Conselhos de Economia – Since: “Serei simples, sucinto e sóbrio como Paulo na segunda carta a Timóteo: Combati o bom combate, completei o percurso, guardei a fé (...) Agora é essencialmente o empenho por uma causa superior, que ela em mim personaliza: a causa dos economistas. Dos bons economistas - competentes. Dos economistas bons - compassivos.”


Quem teve o privilégio de conviver com ele e o discernimento de guardar os seus ensinamentos certamente se tornou um cientista social com uma visão mais abrangente e crítica do mundo. Como lição levamos o seu exemplo, não basta interpretar os fenômenos, é preciso intervir e mudar a realidade.


Professor Armando Mendes, muito obrigado! Pela convivência respeitosa e harmoniosa. Pelos diversos ensinamentos. Pelo estímulo a busca por uma trajetória diferente de desenvolvimento da Amazônia. Pelo exemplo de economista, pai, professor e amigo. Adeus!


Texto  Retirado do Blog:  http://eduardojmcosta.blogspot.com.br/

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Mais um mito da Belém 400 anos: resta o verde só nas poesias e musicas

Pesquisa do IBGE mostra carência de verde em cidades

Rio - Às vésperas da Rio+20, Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, novos números do Censo 2010 mostram a carência de áreas verdes nas zonas urbanas do País e um índice elevado de domicílios com péssimas condições de esgotamento sanitário. Os números, divulgados nesta sexta-feira, revelam ainda altas taxas de iluminação pública e pavimentação.

Pela primeira vez, o Censo investigou as características do entorno dos domicílios, como iluminação pública, pavimentação, calçadas, meio-fio (guia), placas de identificação de ruas, praças e outros logradouros, rampa para cadeirantes, bueiros para escoamento de água de chuva, arborização, esgoto a céu aberto e lixo acumulado.

Foram analisados apenas os entornos de domicílios urbanos que estão localizados em quadras ou quarteirões. Com isso, parte das moradias de favelas ficaram fora da pesquisa. A pesquisa foi realizada em 96,9% dos domicílios particulares urbanos do País

Um terço dos domicílios em áreas urbanas não têm uma árvore sequer em seu entorno. São 14,9 milhões de moradias (32% do total pesquisado) onde vivem 50,5 milhões de pessoas (33%). A Região Norte é a mais carente em áreas verdes. O índice de domicílios urbanos sem árvores no entorno chega a 63,3%. A melhor cobertura verde está nas áreas urbanas do Sudeste, onde apenas 26,5% das residências não têm árvores por perto. O levantamento leva em conta apenas as árvores existentes no entorno dos domicílios e não considera as que ficam, por exemplo, em jardins internos.

A falta de área verde é muito mais acentuada nos domicílios pobres. Nas moradias com renda per capita mensal de até um quarto do salário mínimo, 43,2% não têm árvores no entorno. O índice cai quase à metade, para 21,5%, nos domicílios de renda de mais de dois salários mínimos por pessoa.

A melhor taxa de arborização está nos pequenos municípios de até 20 mil habitantes, onde 29,4% dos domicílios não têm árvores plantados ao redor. O pior desempenho é das cidades médias com população de 100 mil a 200 mil habitantes: 34,6% das residências não têm árvores no entorno.

Cidade anfitriã da conferência da ONU, o Rio de Janeiro está em nono lugar em índice de arborização, entre as 15 cidades com mais de 1 milhão de habitantes. Entre os domicílios urbanos cariocas, 72,2% têm árvores no entorno. O melhor índice entre as grandes cidades é de Goiânia, com 89,5% de domicílios com árvores em volta. São Paulo está em sexto lugar, com 75,4% de residências em áreas arborizadas.

Em plena Floresta Amazônica, Manaus é a segunda grande cidade com pior índice de arborização do País. Apenas um em cada quatro domicílios (25,1%) de Manaus tem pelo menos uma árvore plantada em seu entorno, mostra levantamento do IBGE feito nos municípios brasileiros com mais de 1 milhão de habitantes. A capital do Amazonas perde apenas para Belém, onde somente 22,4% das moradias têm árvores por perto.

Fonte: Agencia Brasil

terça-feira, 29 de maio de 2012

Exigir cheque caução para atendimento médico de urgência agora é crime

Brasília - O Diário Oficial da União publica hoje (29) a lei que torna crime a exigência de cheque caução para atendimento médico de urgência. A lei, de autoria dos ministérios da Saúde e da Justiça, altera o Código Penal de 1940 e tipifica a exigência como crime de omissão de socorro.
Atualmente, a prática de exigir cheque caução já é enquadrada como omissão de socorro ou negligência, mas não existia uma referência expressa sobre o não atendimento emergencial.
O Código Penal passa a vigorar nos termos do Artigo135-A acrescido ao Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, que estipula pena de detenção de três meses a um ano e multa para os responsáveis pela prática de exigir cheque caução, nota promissória ou qualquer garantia, inclusive o preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial. A pena pode ser aumentada até o dobro, se da negativa de atendimento resultar lesão corporal de natureza grave, e até o triplo se resultar morte
Os hospitais particulares ficam obrigados a afixar, em local visível, cartaz ou equivalente, com a seguinte informação: "Constitui crime a exigência de cheque caução, de nota promissória ou de qualquer garantia, bem como do preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial, nos termos do Artigo 135-A do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal."
O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta lei, que entra em vigor hoje. A proposta foi apresentada pelo governo federal um mês após a morte do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, 56 anos, vítima, em janeiro passado, de um infarto depois de ter procurado atendimento em dois hospitais privados de Brasília. Segundo a família, as instituições teriam exigido cheque caução.

Edição: Graça Adjuto - Agência Brasil

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Belém 400 anos: lixo é a realidade

Belém tem quase a metade dos domicílios com esgoto a céu aberto no entorno, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A capital paraense tem 44,5% das casas com tal característica negativa, e apresenta o pior índice entre as maiores cidades do País.


Na média total do País..., 11% das casas situadas em áreas urbanas têm esgoto a céu aberto em ruas próximas. O dado faz parte do estrato do Censo 2010 que investigou as condições no entorno das residências em áreas urbanizadas.

Em São Luís, 33,9% dos domicílios apresentam tal condição. Manaus (20,2%), Fortaleza (19,3%) e Recife (16,7%) também apresentam altos níveis de residências cujos moradores convivem com esgoto a céu aberto.

Já o lixo acumulado nas ruas é menor no País, segundo a pesquisa. O órgão aponta que 5% dos domicílios pesquisados têm depósitos de lixo nas vias ao redor. Belém também lidera esse ranking negativo. Na capital do Pará, 10,4% dos domicílios têm lixo acumulado no entorno. Em Fortaleza, essa proporção fica em 7,7%, e em São Luís chega a 6,3%.
Nos domicílios em que há coleta diária por serviços de limpeza, 4,7% têm lixo acumulado em ruas próximas. Nas casas com coleta em caçamba, essa proporção sobe para 6% em relação ao lixo. Já em locais onde o lixo tem algum outro tipo de destinação, 12,9% das casas têm ruas próximas com depósito de lixo.

O levantamento do Censo 2010 indica que 84,4% da população brasileira vivem em áreas urbanas. A pesquisa, divulgada nesta sexta-feira, mapeou 96,9% dos domicílios situados nessas regiões.

Dos 47,2 milhões de domicílios pesquisados, 34,2 milhões são ocupados por moradores próprios, e outros 10 milhões por pessoas que alugaram o imóvel.

Fonte: Terra

quarta-feira, 9 de maio de 2012

42% dos resíduos sólidos coletados no país vão para locais inadequados, indica estudo

São Paulo – A quantidade de resíduos sólidos gerados no Brasil em 2011 totalizou 61,9 milhões de toneladas, 1,8% a mais do que no ano anterior, de acordo dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2011, lançado hoje (8), pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), durante a 11ª Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas da Cidade de São Paulo. Do total coletado, 42% do lixo acabam em local inadequado.


Segundo o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho, o crescimento de resíduos sólidos no período de 2010 para 2011 foi duas vezes maior do que o crescimento da população, que cresceu 0,9% no período. “Se continuarmos nessa curva ascendente de crescimento ano após ano e não conseguirmos, de alguma forma, adotar ações adequadas para conter essa geração, certamente, em médio prazo, nossos sistemas de gestão de resíduos entrarão em colapso”.

O estudo mostra ainda que, em 2011, foram coletados 55,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos, o que resulta em uma cobertura de 90%. “Cerca de 10% de tudo o que é gerado acabam em terrenos baldios, córregos, lagos e praças. Nós vemos que esse problema é recorrente em praticamente todas as cidades do país”, disse Silva Filho. Da quantidade coletada, o Sudeste responde por 53% e o Nordeste por 22%. “Nessas duas regiões estão concentrados 75% de todo o lixo do território nacional”.

Segundo o Panorama, 42% dos resíduos sólidos foram destinados em locais inadequados como lixões e aterros controlados. Filho ressaltou que a Abrelpe considera a segunda opção inadequada porque, do ponto de vista ambiental, têm o mesmo impacto negativo que os lixões. “O aterro controlado não protege o meio ambiente como um aterro sanitário”.

De acordo com a publicação, a quantidade de lixo levado para aterros sanitários pode ter sido maior em porcentagem, mas ao analisar a quantidade nota-se que em 2011 a situação piorou. “Em 2010 o volume de destinação inadequada foi 22,9 milhões de toneladas contra 23,2 milhões de toneladas em 2011”, disse.

O Panorama indica ainda que dos 5.565 municípios brasileiros, 58,6% do total, afirmaram ter iniciativas de coleta seletiva, o que significa um aumento de 1% em comparação ao ano anterior. Com relação à coleta de lixo hospitalar, os municípios coletaram e destinaram 237,6 mil toneladas de resíduos de saúde, das quais 40% têm destino inadequado. “Dessa porcentagem temos 12% indo para lixão, sendo depositados sobre o solo sem tratamento prévio, não só contaminando o meio ambiente mas trazendo um risco muito grave para as pessoas que tiram seu sustento desses lixões”.

Para Silva Filho, o cenário revelado pelo Panorama precisa ser modificado até agosto de 2014, quando acaba o prazo para o cumprimento das metas da Lei Nacional de Resíduos Sólidos. Na avaliação do diretor executivo, as empresas do setor estão preparadas para enfrentar o desafio, pois têm tecnologia, conhecimento técnico e mão de obra. “Precisamos de vontade política e do recurso necessário para tanto. Sem isso não teremos a possibilidade de atender o que determina a lei nacional”, disse.


Fonte: Agência Brasil
Reportagem: Flávia Albuquerque

Repórter da Agência Brasil




terça-feira, 8 de maio de 2012

Especialistas e militares temem guerra cibernética no futuro

Voltando as postagens, começando com uma reflexão num mundo em constantes transformações...

Michael Gallagher


Da BBC Brasil

Um exercício militar internacional, realizado em março em uma base militar na Estônia, tentou prever as consequências de um novo tipo de conflito, uma guerra cibernética. A operação Locked Shields não envolveu explosões, tanques ou armas. Na operação, uma equipe de especialistas em TI atacou outras nove equipes, espalhadas em toda a Europa.

Nos terminais da equipe de ataque, localizados no Centro de Excelência da Otan em Defesa Cibernética Cooperativa, foram criados vírus ao estilo "cavalo de Troia" e outros tipos de ataques pela internet que tentavam sequestrar e extrair dados das equipes inimigas. O objetivo era aprender como evitar estes ataques em redes comerciais e militares e mostrou que a ameaça cibernética está sendo levada a sério pela aliança militar ocidental.

O fato de a Otan ter estabelecido seu centro de defesa na Estônia também não é por acaso. Em 2007 sites do sistema bancário, da imprensa e do governo do país foram atacados com os chamados DDoS (sigla em inglês para "distribuição de negação de serviço") durante um período de três semanas, o que agora é conhecido como 1ª Guerra da Web.

Os responsáveis seriam hackers ativistas, partidários da Rússia, insatisfeitos com a retirada de uma estátua da época da União Soviética do centro da capital do país, Tallinn. Os ataques DDoS são diretos: redes de milhares de computadores infectados, conhecidas como botnets, acessam simultaneamente o site alvo, que é sobrecarregado pelo tráfego e fica temporariamente fora de serviço.

Os ataques DDoS são, no entanto, uma arma primitiva quando comparados com as últimas armas digitais. Atualmente, o temor é de que a 2ª Guerra da Web, se e quanto acontecer, possa gerar danos físicos, prejudicando a infraestrutura e até causando mortes.

Trens descarrilados e blecautes

Para Richard A. Clarke, assistente de combate ao terrorismo e segurança cibernética para os presidentes americanos Bill Clinton e George W. Bush, ataques mais sofisticados podem fazer coisas como descarrilar trens em todo o país, por exemplo. "Eles podem causar blecautes, e não apenas cortando o fornecimento de energia, mas danificando de forma permanente geradores que levariam meses para serem substituídos. Eles podem fazer coisas como causar explosões em oleodutos ou gasodutos. Eles podem fazer com que aeronaves não decolem", disse.

No centro do problema estão interfaces entre os mundos físico e digital conhecidas como sistemas Scada, ou Controle de Supervisão e Aquisição de Dados, na sigla em inglês. Estes controladores computadorizados assumiram uma série de tarefas que antes eram feitas manualmente. Eles fazem de tudo, desde abrir as válvulas de oleodutos a monitorar semáforos.

Em breve estes sistemas serão comuns em casas, controlando coisas como o aquecimento central. O detalhe importante é que estes sistemas usam o ciberespaço para se comunicar com os controladores, receber a próxima tarefa e reportar problemas. Caso hackers consigam entrar nestas redes, em teoria, conseguiriam também o controle da rede elétrica de um país, do fornecimento de água, sistemas de distribuição para indústria ou supermercados e outros sistemas ligados à infraestrutura.

Dispositivos vulneráveis

Em 2007, o Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos demonstrou a potencial vulnerabilidade dos sistemas Scada. Com um software, o departamento entrou com comandos errados e atacou um grande gerador a diesel. Vídeos da experiência mostram o gerador chacoalhando violentamente e depois a fumaça preta toma toda a tela.

O temor é de que, um dia, um governo hostil, terroristas ou até hackers que apenas querem se divertir possam fazer o mesmo no mundo real. "Nos últimos meses temos vistos várias coisas", disse Jenny Mena, do Departamento de Segurança Nacional. "Atualmente existem mecanismos de buscas que podem encontrar aqueles dispositivos que estão vulneráveis a um ataque pela internet. Além disso, vimos um aumento no interesse nesta área na comunidade de hackers e de hackers ativistas."

Uma razão de os sistemas Scada terem uma possibilidade maior de ataques de hackers é que, geralmente, engenheiros criam o software, ao invés de programadores especializados.

De acordo com o consultor de segurança alemão Ralph Langner, engenheiros são especialistas em suas áreas, mas não em defesa cibernética.

"Em algum momento eles aprenderam a desenvolver software, mas não se pode compará-los a desenvolvedores de software profissionais que, provavelmente, passaram uma década aprendendo", disse.

E, além disso, softwares de infraestrutura podem estar muito expostos. Uma usina de energia, por exemplo, pode ter menos antivírus do que um laptop comum.

Quando as vulnerabilidades são detectadas, pode ser impossível fazer reparos imediatos no software.

"Para isso, você precisa desligar e ligar novamente (o computador ou sistema). E uma usina de energia precisa funcionar constantemente, com apenas uma parada anual para manutenção", disse Langner. Portanto, até o desligamento anual da usina, não se pode instalar novo software.

Stuxnet

Em 2010, Ralph Langner e outros dois funcionários de sua companhia começaram a investigar um vírus de computador chamado Stuxnet e o que ele descobriu foi de tirar o fôlego.

O Stuxnet parecia atacar um tipo específico de sistema Scada, fazendo um trabalho específico e, aparentemente, causava pouco dano a qualquer outro aplicativo que infectava.

Era inteligente o bastante para encontrar o caminho de computador em computador, procurando sua presa. E também conseguia explorar quatro erros de software, antes desconhecidos, no Windows, da Microsoft.

Estes erros são extremamente raros o que sugere que os criadores do Stuxnet eram muito especializados e tinham muitos recursos.

Langner precisou de seis meses para analisar apenas um quarto do vírus. Mesmo assim, os resultados que conseguiu foram espantosos.

O alvo do Stuxnet era o sistema que controlava as centrífugas de urânio na usina nuclear de Natanz, no Irã.

Atualmente se especula que o ataque foi trabalho de agentes americanos ou israelenses, ou ambos. Qualquer que seja a verdade, Langner estima que o ataque o Stuxnet atrasou em dois anos o programa nuclear iraniano e custou aos responsáveis pelo ataque cerca de US$ 10 milhões, um custo relativamente pequeno.

Otimistas e pessimistas

O professor Peter Sommer, especialista internacional em crimes cibernéticos afirma que a quantidade de pesquisa e a programação sofisticada significam que armas do calibre do Stuxnet estariam fora do alcance da maioria, apenas disponíveis para governos de países avançados. E governos, segundo o especialista, costumam se comportar de forma racional, descartando ataques indiscriminados contra alvos civis.

"Você não quer causar, necessariamente, interrupção total. Pois os resultados podem ser imprevistos e incontroláveis. Ou seja, apesar de alguém poder planejar ataques que possam derrubar o sistema financeiro mundial ou a internet, por quê alguém faria isto? Você pode acabar com algo que não é tão diferente de um inverno nuclear."

No entanto, o consultor Ralph Langner afirma que, depois de infectar computadores no mundo todo, o código do Stuxnet está disponível para qualquer que consiga adaptá-lo, incluindo terroristas.

"Os vetores de ataque usados pelo Stuxnet podem ser copiados e usados novamente contra alvos completamente diferentes. Até há um ano, ninguém sabia de uma ameaça tão agressiva e sofisticada. Com o Stuxnet, isso mudou. (...). A tecnologia está lá, na internet."

Langner já fala em uma certeza: se as armas cibernéticas se espalharem, os alvos serão, na maioria, ocidentais, ao invés de alvos em países como o Irã, que tem pouca dependência da internet.

E isto significa que as velhas regras de defesa militar, que favoreciam países poderosos e tecnologicamente avançados como os Estados Unidos, já não se aplicam mais.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Eleições do Baixo Tocantins: Humildade é a palavra

Para os analistas políticos de escritórios do Baixo Tocantins...

Vai uma observação para guardar com carinho...

Nas Próximas eleições lá pelo tocantins, e seus municípios ganharão os condidatos a alciade que demonstrarem humildade com povo... Muito cuidado com a vaidade e a soberba, principalmente para aqueles que substimam a população. Falo de cátedra... O Povo observa o alcaide e seus asseclas do mal, principalmente em algumas localidades onde os mesmos não valem uma nota de tostão... A população está cansada... Alguns renovarão com supresas, outros continuarão... Como diz Nelson Rodrigues, vai etender a unanimidade, principalmente quando ela está no mobral...

Na próxima observação para os Analistas de escritórios, vamos cobrar pela observação...

sábado, 14 de abril de 2012

O antropólogo Gilberto Velho e seu legado

Morreu na madrugada deste sábado, aos 66 anos, o antropólogo Gilberto Velho. Primeiro profissional da área a ingress ar na Academia Brasileira de Ciências (em 2000), dormia em seu apartamento, em Ipanema, quando sofreu um AVC. Gilberto apresentava problemas de cardiopatia. O enterro será no domingo, das 10h às 15h, na capela 3 do Cemitério São João Batista, em Botafogo. Gilberto era divorciado e não deixa filhos.
Para o antropólogo Roberto DaMatta, a morte de Gilberto Velho deixa uma lacuna nos estudos sobre os fenômenos urbanos, como a violência e a constituição da sociedade moderna.
— Como orientador, ele ajudou a concluir muitas teses importantes para a ciência. Tinha uma sabedoria muito grande e, além de grande acadêmico, era meu amigo — contou.
Vice-presidente da Associação Brasileira de Antropologia, Luiz Fernando Duarte é categórico ao dizer que Gilberto é um dos fundadores da antropologia urbana no Brasil, ciência que trouxe de seus estudos nos Estados Unidos:
— A antropologia era muito caracterizada pelo estudo das sociedades indígenas. Gilberto colocou em questão assuntos como o consumo de drogas e a sensualidade.
Em 2000, o antropólogo Gilberto Cardoso Alves Velho alcançou um feito inédito na sua profissão: tornou-se o primeiro de sua área a ingressar na Academia Brasileira de Ciências. O fato chamou a atenção para a relevância de um acadêmico que publicou obras clássicas da antropologia urbana brasileira, como “A utopia urbana: um estudo de antropologia social” (1973) e “Individualismo e cultura: notas para uma antropologia da sociedade contemporânea” (1981).
Atualmente, Gilberto era professor titular do Departamento de Antropologia do Museu Nacional, da UFRJ. Em 2000, foi agraciado com a Grã Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. No ano anterior, já havia ganhado a Comenda da Ordem de Rio Branco.
Nascido no Rio, Gilberto graduou-se em ciência sociais pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, da UFRJ, em 1968. Em 1970, ele se tornaria mestre em antropologia social pela mesma faculdade. Um ano depois, se especializaria em antropologia urbana e das sociedades complexas na Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Em 1975, concluiria o doutorado em ciências humanas pela Universidade de São Paulo.
Gilberto Velho foi presidente da Associação Brasileira de Antropologia (1982-1984), presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (1994-1996) e vice-presidente da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (1991-1993).

Fonte: O Globo

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sobre Pesquisas Eleitorais: algumas pequenas reflexões

Acompanham por noticiários e também por alguns sites das redes sociais que já começou o período de pesquisas eleitorais. O que observo por anos de coordenação e supervisão de pesquisas tanto para o serviço público, como para a iniciativa privada é que sempre a experiência e a seriedade são indicativos para que os resultados sejam de fato aquilo que os entrevistados estão sugerindo e/ou pensando no momento de qualquer levantamento estatístico. Para isso, algumas recomendações são importantes, como:

1 - A amostra bem elaborada e estratificada conforme os critérios estatísticos;

2 - Pesquisadores de campo com bom treinamento, principalmente na abordagem das perguntas espontâneas;

3 - Supervisão de campo com experiência e atentas a problemas que surgem no decorrer da pesquisa;

4 - Checagem de campo, um importante instrumento para a qualidade da informação...


Cabe salientar, a seriedade e a ética nas informações, pois as diferenças de margens de erro podem ser manipuladas para mais, ou para menos, o que poderá resultar a induções equivocadas e maquiadas para candidato A, e/ou  marca B...

PS: Sou a favor que os Tribunais Eleitorais proíbam pesquisas políticas 15 dias do pleito eleitoral... Pois, observamos os riscos de manipulação, colocando descrédito nas informações e induzindo o eleitor a votar naquele que foi colocado na frente e/ou estratégicamente induzidos para mais ou menos ...





O Editor

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Deficiente visual é o maior usuário das bibliotecas em SP

Deficiente visual é o maior usuário das bibliotecas em SP
Edison Veiga e Paulo Sandaña - O Estado de S. Paulo - 28/03/2012
Sérgio Luiz Florindo, de 51 anos, já pegou de empréstimo 533 livros na Biblioteca São Paulo, zona norte da capital. É o associado que mais obras leu nos dois anos do equipamento. "Os livros me levaram a lugares que eu nem imaginava existir", diz ele, que é deficiente visual de nascença. Mantida pela Secretaria de Estado da Cultura, a Biblioteca SP tem um grande acervo de audiolivros - além de filmes, CDs, gibis, jogos, computadores com acesso à internet e até os tradicionais livros em papel. Levado pela filha Larissa, de 25 anos, Florindo descobriu o mundo dos audiolivros. Além dos autores favoritos, já tem até sua lista de melhores narradores - Drauzio de Oliveira é o primeiro, seguido de Carlos Campanelli.
Florindo se tornou um devorador de obras. No áudio do DVD da sua casa, chega a ouvir três livros em um dia. A biblioteca permite que ele pegue dez obras de cada vez, ele nunca pega menos que isso. "O cego constrói a imagem na mente e o escritor faz isso pra ele. Descreve a fisionomia, o lugar, fornece a imagem e eu vou construindo", conta ele. A primeira obra que pegou foi Brumas de Avalon (de Marion Zimmer Bradley). Acabou com os quatro volumes em dois dias. Só falta O inferno para que termine a Divina Comédia, de Dante Alighieri. Mas seus livros prediletos são: Dom Quixote, de Cervantes, e toda obra de Jorge Amado.
O entusiasmo de Florindo com os livros deve-se muito pela segregação a que foi submetido a vida toda. Nunca aprendeu a ler em braile. Estudou praticamente todo o ensino fundamental omitindo à escola que era deficiente visual. Contava com a ajuda de colegas. No ensino médio, um professor entendeu que sua deficiência traria problemas à classe e ele teve de abandonar a escola. "Ficava muito sozinho, só um amigo peruano que me ajudava mesmo. Graças a ele, eu até dirigi um carro uma vez." Aos 21 anos, trabalhou por um tempo no estoque de uma perfumaria. Com ajuda do irmão, o chefe também não sabia que ele era deficiente. Após a descoberta, teve de sair. Foi seu único emprego. Casou, teve uma filha. Quando Larissa tinha 10 anos, a mãe sumiu. Florindo cuidou da filha, ajudou-a com as lições da escola. Ainda hoje Florindo mora em com a mãe. "Eu fiquei por anos sem fazer nada em casa. Às vezes cansa não enxergar porque a gente perde muita coisa. Para mim, os livros foram a fuga", diz. Florindo também gosta de cinema e tem sua musas preferidas, a partir das descrições de amigos. "Minha preferida é a Kim Basinger. Porque é loira e tem olhos claros", diz ele. "Sou cego mas não sou bobo."

terça-feira, 27 de março de 2012

Teu povo te quer de volta, Belém!


Ainda te chamam de menina morena, mesmo prestes a te tornares quatrocentona.

Mas há de se perguntar, às vésperas do teu quartocentenário:

Será que tá tudo bem, Belém?

Em tuas ruas, além das sombras das frondosas mangueiras a amenizar o
calor, recrudesce, dia e noite, o sombrio abandono das tuas crianças.

Em tua atmosfera, o cheira-cheira do tacacá e o delicioso aroma das
tuas frutas concorrem com o lixo que não suportamos cheirar.

Em tuas escolas, onde o presente é de esquecimento, educadores e
estudantes te imploram pelo futuro.

Teus filhos e filhas, largados à própria dor, nos corredores e no chão
das unidades de saúde, sem remédio para aliviar os males, sem
tratamento e atenção, reclamam teu colo de mãe.

Teu povo te quer de volta, Belém!

Teu povo te quer liberta do abandono e do maltrato.

Teu povo, amável e hospitaleiro, lutador e insubmisso, te quer de volta!

Belém, Belém, que todas as manhãs acorda a feira na beira do Guajará,
eis aqui o teu povo desperto e ávido para saciar os murmúrios de
saudades que há muito latejam no peito.

Saudades da nossa Belém cheirosa e formosa.

Saudades da nossa Belém que abraçava e acolhia o seu povo e por este
era abraçada e acolhida.

És, Belém, nossa bandeira.

És, Belém, nossa terra, nossa casa, nosso chão.

E é por ti, Belém, que conclamamos o teu povo à luta.

É por ti, Belém, que conclamamos o teu povo a um esforço que não cabe
num único segmento da sociedade, ou numa única pessoa, ou num único
partido.

E a que luta e esforço nos referimos?

A luta e o esforço para devolver Belém ao seu povo; para devolver o
povo à sua cidade; para devolver à Belém e ao seu povo o direito a um
presente e a um futuro de justiça e felicidade.

Mas se essa luta e esse esforço não cabem num único segmento social,
ou numa única pessoa, ou num único partido, cabem muito menos aos que
usurparam as riquezas da nossa cidade e sequestraram a esperança de
seu povo.

Essa luta e esse esforço são dos que fazem da busca por justiça e
felicidade coletivas, a razão de ser dos eleitos e a única razão ética
que justifica os governos.

O governo de Belém a ser eleito para o próximo quadriênio (2013 a
2016) será o governo dos 400 anos.

Façamos valer o dito popular segundo o qual cada povo tem o governo que merece.

E que governo o povo de Belém merece em seus 400 anos?

O que merecemos, e queremos, é um governo que governa com participação
e controle social; que cuida de suas crianças e idosos; que preza e
pratica a solidariedade; que governa com transparência; que não
usurpa, malversa ou dilapida o bem público; que busca obstinadamente a
justiça e a felicidade para todos; que mira o futuro sem descuidar-se
do presente de seus filhos e filhas, naturais e adotivos.

O povo de Belém quer de volta o direito a um presente e a um futuro
dignos. Quer de volta o direito de sonhar, pois já o provou, não faz
muito tempo, e não esquece o gosto.

Este manifesto, mais do que uma declaração de amor por Belém, é o ato
inaugural de um movimento cívico no qual o povo de Belém é o
protagonista.

O segundo, de tantos outros atos que se seguirão, consistirá na
realização de um grande seminário, no dia 17 de abril, às 14 horas, no
Hotel Sagres, que será um espaço reflexivo e propositivo sobre os
problemas, soluções e desafios da nossa cidade, em seus 400 anos.

Com fé no que virá, exortamos homens e mulheres, jovens e idosos,
trabalhadores, empresários, estudantes, enfim, todos e todas, a
aderirem a esse movimento cívico que haverá de devolver Belém ao seu
povo.

Belém, 26 de março de 2012.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Criação de banco de desenvolvimento do Brics deve passar por análise técnica

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis, subsecretária-geral de Política do Ministério de Relações Exteriores, disse hoje (22) que a proposta de criação de um banco de desenvolvimento do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) deverá ser analisada por um grupo técnico. O tema gera polêmica pela ausência de detalhes sobre o funcionamento da instituição.

O assunto deverá ser um dos pontos principais da 4ª Cúpula do Brics, que começa na próxima quinta-feira (29), em Nova Delhi, na Índia. “A ideia é a criação de um banco do Brics voltado para a promoção de projetos de desenvolvimento sustentável e no campo de infraestrutura no Brics e em países em desenvolvimento”, disse a embaixadora. “Ainda não há detalhes sobre sobre áreas prioritárias. Essa ideia ainda é embrionária”, acrescentou.

A nova instituição bancária deve ser uma espécie de alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A expectativa é que, ao final da cúpula, os presidentes assinem uma declaração sinalizando a disposição de criar a instituição, mas sem fixar os detalhes.
A embaixadora disse ainda que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi consultado sobre o assunto e disse que considera o tema útil e a ideia inovadora.

Ela disse ainda que certamente os líderes do Brics deverão abordar a necessidade de mudanças na estrutura do FMI. Os países do bloco têm interesse na reformulação da entidade e, no caso do Banco Mundial, a posição defendida pelos países do bloco é a de que as nomeações sejam pelo critério de mérito e não por indicação política.

Edição: Talita Cavalcante - Agência Brasil

domingo, 25 de março de 2012

Ministério das Cidades lança o seu primeiro curso a distância no Portal Capacidades

Diretrizes para o Cadastro Territorial Multifinalitário é o tema do primeiro curso.

 
O Ministério das Cidades e o Lincoln Institute of Land Policy, em parceria com a Caixa Econômica Federal, lançam o primeiro curso a distância na plataforma moodle do Portal Capacidades.

O Curso Moderado “Diretrizes para o Cadastro Territorial Multifinalitário” tem o objetivo principal de apresentar aos técnicos, gestores municipais e agentes sociais dos municípios brasileiros as Diretrizes Nacionais que visam à criação, instituição e atualização do Cadastro Territorial Multifinalitário (CTM), aprovadas no âmbito da Portaria Ministerial 511, de 07 de dezembro de 2009, publicada no DOU de 08 de dezembro de 2009.

Durante o curso, profissionais renomados da área cadastro e geotecnologias estarão à disposição dos alunos e utilizarão recursos didáticos-metodológicos como videoaulas e fóruns específicos de discussões para tirar todas as dúvidas sobre o assunto e fomentar o estudo da área.

As informações sistematizadas e integradas proporcionadas pelo CTM colaboram na gestão socioambiental das cidades, na conformação do direito urbanístico e desenvolvimento sustentável dos municípios, favorecendo a aplicação dos instrumentos do Estatuto da Cidade, viabilizando uma sociedade livre, justa e solidária. Possibilitam, ainda, uma maior justiça social e fiscal, e a correta arrecadação dos tributos locais, garantindo a igualdade na tributação.

O CTM permite o acompanhamento dos resultados dos programas sociais e políticas públicas, por meio da disponibilização de informações seguras e atualizadas, o que conduz a uma melhor participação social na gestão das cidades, objetivo da moderna administração pública.

Tendo em conta o número limitado de vagas, as inscrições poderão ser feitas somente de 21 a 27 de março de 2012. Acesse a agenda do Portal Capacidades para obter maiores informações e participe!

Fonte: http://www.capacidades.gov.br

sábado, 24 de março de 2012

Segurança de urna eletrônica é violada em teste no TSE

Segurança de urna eletrônica é violada em teste no TSE: Entre nove equipes de especialistas de universidades de todo o país que participaram dos testes, a equipe da UnB foi a única a identificar fragilidades no sistema eleitoral.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Tarifas Bancárias do FNO Preoucupam Economistas e Engenheiros Projetistas



A Comissão de Economistas Projetistas do Estado do Pará, juntamente com os projetistas engenheiros e avaliadores, realizaram mais uma reunião para discutir os impactos onerosos das tarifas praticadas pelo Banco da Amazônia (BASA) sobre estruturação de projetos, validação de laudos e avaliação de bens para dação em garantia e vistoria de projetos em fase de implantação apoiados com recursos do Fundo Constitucional de Financiamentodo Norte (FNO).

A preocupação dos profissionais é referente aos valores das tarifas acima mencionadas que vigoram desde 15.08.2011, ratificados em 01.03.2012, sobretudo no que se refere aos custos dos serviços referidos. O reflexo da oneração do(s) projeto(s) por conta da tarifação do Banco tem sido a redução no volume da demanda por recursos dedicados ao fomento do desenvolvimento da Região Norte.

No dia 06 de dezembro de2011, representantes da Comissão de projetistas, juntamente com o Sindicato dos Economistas do Estado (SINDECON-PA), a Federação Nacional dos Economistas (FENECON),o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA) e o Sindicato dos Engenheiros do Pará (SENGEPA), enviaram ao Banco da Amazônia uma carta, coma finalidade de sensibilizar sua diretoria para os efeitos negativos desta nova política de tarifação, porém passados mais de três meses, não obtiveram resposta. A Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) também já se manifestou ao BASA propondo-lhe a revisão da tabela de tarifas, estando também no aguardo de resposta.

quinta-feira, 15 de março de 2012

A Força do Estado do Maranhão

Com investimento na ordem de 30 bilhões de reais, a Segunda Esquadra da Marinha do Brasil poderá ser construída ao lado do porto da Madeira, em São Luís. A possibilidade concreta da localização no Estado do Maranhão reforça a tese política da força daquele Estado. Cabe salientar que o Estado do Pará detém uma localização estratégica para o referido projeto. A construção do mega projeto impactará em geração de emprego e renda diretos e indiretos, e a reformulação da infraestrutura para a região que terá o privilégio da execução do projeto. Com a palavra, nossas autoridades políticas e institucionais do Estado do Pará que estão a ver navios para essa importante obra de defesa nacional...

domingo, 11 de março de 2012

Ecad recua em cobrança de vídeos incorporados a blogs

O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) voltou atrás neste sábado em sua decisão de cobrar blogueiros pela incorporação de vídeos do YouTube em suas páginas. A instituição também informou que nunca teve a intenção de cercear a liberdade na internet e cobrar direitos autorais por vídeos 'embedados' – isto é, adicionados a páginas de blogs e sites. A polêmica começou quando blogueiros passaram a receber notificações do Ecad por usarem vídeos do Youtube, que pertence ao Google.
Alguns internautas receberam cobranças de 352 reais mensais por colocarem vídeos em seus posts – textos publicados em blogs. Na época, o Ecad justificou-se dizendo que era uma forma de "retransmissão musical" e, por isso, os direitos autorais deveriam ser pagos. A entidade, porém, já recebe pagamento diretamente do Google, com quem assinou um acordo para direitos autorais de todos os vídeos que circulam pelo Youtube.

Em comunicado, o Google Brasil posicionou-se contra a cobrança dos usuários que incorporam vídeos do Youtube. "Esses sites não hospedam nem transmitem qualquer conteúdo quando associam um vídeo do YouTube em seu site", escreveu o diretor de políticas públicas e relações governamentais do Google Brasil, Marcel Leonardi, em nota publicada nesta sexta-feira. De acordo com Leonardi, o Ecad não pode cobrar por vídeos inseridos por terceiros. "Em nossas negociações com o Ecad, tomamos um enorme cuidado para assegurar que nossos usuários poderiam inserir vídeos em seus sites sem interferência ou intimidação por parte do Ecad", diz o texto.

Em sua nota de esclarecimento, o Ecad reavalia as cobranças de webcasting – transmissão de informações pela internet – desde o fim de fevereiro e afirma que as notificações devem ter ocorrido antes da mudança. "A instituição também não possui estratégia de cobrança de direitos autorais voltada a vídeos embedados. Mesmo assim, decorreu de um erro de interpretação operacional, que representa fato isolado no universo do segmento", explicou o escritório.
(com Agência Estado)

quarta-feira, 7 de março de 2012

Como enfrentar a sexta extinção em massa

Leonardo BoffLeonardo BoffReferimo-nos anteriormente ao fato de o ser humano, nos últimos tempos, ter inaugurado uma nova era geológica – o antropoceno - era em que ele comparece como a grande ameaça à biosfera e o eventual exterminador de sua própria civilização. Há muito que biólogos e cosmólogos estão advertindo a humanidade de que o nível de nossa agressiva intervenção nos processos naturais está acelerando enormemente a sexta extinção em massa de espécies de seres vivos. Ela já está em curso há alguns milhares de anos. Estas extinções, misteriosamente, pertencem ao processo cosmogênico da Terra. Nos últimos 540 milhões de anos ela conheceu cinco grandes extinções em massa, praticamente uma em cada cem milhões de anos, exterminando grande parte da vida no mar e na terra. A última ocorreu há 65 milhões de anos quando foram dizimados os dinossauros entre outros.

Até agora todas as extinções eram ocasionadas pelas forças do próprio universo e da Terra a exemplo da queda de meteoros rasantes ou de convulsões climáticas. A sexta está sendo acelerada pelo próprio ser humano. Sem a presença dele, uma espécie desaparecia a cada cinco anos. Agora, por causa de nossa agressividade industrialista e consumista, multiplicamos a extinção em cem mil vezes, diz-nos o cosmólogo Brian Swimme em entrevista recente no Enlighten Next Magazin, n.19. Os dados são estarrecedores: Paul Ehrlich, professor de ecologia em Standford calcula em 250.000 espécies exterminadas por ano, enquanto Edward O. Wilson de Harvard dá números mais baixos, entre 27.000 e 100.000 espécies por ano (R. Barbault, Ecologia geral 2011, p.318).

O ecólogo E. Goldsmith da Universidade da Georgia afirma que a humanidade ao tornar o mundo cada vez mais empobrecido, degradado e menos capaz de sustentar a vida, tem revertido em três milhões de anos o processo da evolução. O pior é que não nos damos conta desta prática devastadora nem estamos preparados para avaliar o que significa uma extinção em massa. Ela significa simplesmente a destruição das bases ecológicas da vida na Terra e a eventual interrupção de nosso ensaio civilizatório e quiçá até de nossa própria espécie. Thomas Berry, o pai da ecologia americana, escreveu:"Nossas tradições éticas sabem lidar com o suicídio, o homicídio e mesmo com o genocídio mas não sabem lidar com o biocídio e o geocídio"(Our Way into the Future, 1990 p.104).
Podemos desacelerar a sexta extinção em massa já que somos seus principais causadores? Podemos e devemos. Um bom sinal é que estamos despertando a consciência de nossas origens há 13,7 bilhões de anos e de nossa responsabilidade pelo futuro da vida. É o universo que suscita tudo isso em nós porque está a nosso favor e não contra nós. Mas ele pede a nossa cooperação já que somos os maiores causadores de tantos danos. Agora é a hora de despertar enquanto há tempo.

O primeiro que importa fazer é renovar o pacto natural entre Terra e Humanidade. A Terra nos dá tudo o que precisamos. No pacto, a nossa retribuição deve ser o cuidado e o respeito pelos limites da Terra. Mas, ingratos, lhe devolvemos com chutes, facadas, bombas e práticas ecocidas e biocidas.
O segundo é reforçar a reciprocidade ou a mutualidade: buscar aquela relação pela qual entramos em sintonia com os dinamismos dos ecossistemas, usando-os racionalmente, devolvendo-lhes a vitalidade e garantindo-lhes sustentabilidade. Para isso necessitamos nos reinventar como espécie que se preocupa com as demais espécies e aprende a conviver com toda a comunidade de vida. Devemos ser mais cooperativos que competitivos, ter mais cuidado que vontade de submeter e reconhecer e respeitar o valor intrínseco de cada ser.

O terceiro é viver a compaixão não só entre os humanos mas para com todos os seres, compaixão como forma de amor e cuidado. A partir de agora eles dependem de nós se vão continuar a viver ou se serão condenados a desaparecer. Precisamos deixar para trás o paradigma de dominação que reforça a extinção em massa e viver aquele do cuidado e do respeito que preserva e prolonga a vida. No meio do antropoceno, urge inaugurar a era ecozóica que coloca o ecológico no centro. Só assim há esperança de salvar nossa civilização e de permitir a continuidade de nosso planeta vivo.

Leonardo Boff é autor com Mark Hathaway de O Tao da Libertação: explorando a ecologia da transformação, Vozes 2011

Apesar de crise econômica mundial, desigualdade e pobreza diminuem no Brasil, diz FGV | Agência Brasil

Apesar de crise econômica mundial, desigualdade e pobreza diminuem no Brasil, diz FGV | Agência Brasil

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Melodía sentimental (Villa-Lobos)

Vanitas vanitatum, et omnia vanitas

Vaidade...

Não há homem, não importa quão rude, rústico ou cultivado, que não arda com uma quase infinita gloriae cupitidas [ cobiça da glória].

[...] Nehuma arte consegue extirpá-la, nenhuma lei ou temor de punição, reprimi-la [...] Não há raça, condição ou idade que não esteja inflamada por esse desejo. É espantoso como as crianças e até bebês são suscetíveis à influência do elogio.

Juan de Mariana ( 1599)


Aquele que nega possuir vaidade normalmente a possui de forma tão brutal que instintivamente ele fecha os seus olhos diante dela para não ver obrigado a desprezar a sim mesmo.

Nietzche ( 1886)

 A Virtude não iria longe se a vaidade não lhe fizesse companhia

 La Rochefoucauld ( 1665)

Fonte: Do livro de citações - Eduardo Gianetti

O Pavão Queixando-se a JUNO

Um pouco das fábulas de Jean de La Fontaene:  a queixa do Pavão


O Pavão levou suas queixas à deusa juno. " Não me queixo sem motivo, ó deusa”, dizia. “ Ninguém gosta da voz que me deu, enquanto o rouxinol, animalzinho mesquinho, canta de maneira tão linda que engrandece e honra a primavera” .

Juno, irritada, respondeu-lhe: “ Contenha sua língua, ave ciumenta. Como pode ter inveja da voz do rouxinol, justo você que tem o pescoço ornado com o brilhante esplendor das cores e se exibe abrindo uma cauda tão magnífica que mais parece obra de um joalheiro? Existe ave mais bela do que você? Nenhum ser reúne todas as perfeições. As qualidades e defeitos estão distribuídos: alguns animais receberam a força e corpulência; o falcão é ligeiro; a águia é corajosa; a gralha é agourenta e cada qual tem de se contentar com sua sorte. Não se queixe, senão, como castigo, tiro você sua plumagem.

Ficha Limpa: finalmente...

A sociedade brasileira pode finalmente comemorar uma conquista histórica: a Lei da Ficha Limpa está definitivamente incorporada ao nosso sistema eleitoral.Não voltaremos a nos deparar com a renúncia de mandatários motivada por razões destituídas de espírito público. Aquele, por outro lado, que já ostenta uma condenação criminal ou por improbidade proferida por um órgão colegiado, terá agora oportunidade de dedicar especial atenção ao processo que ameaça sua liberdade, não podendo figurar como pretendente a mandato público eletivo.
Venceram as organizações sociais que se uniram nessa luta na qual pouquíssimos acreditaram desde o início. Venceram os milhões de brasileiros que tornaram a “Ficha Limpa” uma verdadeira marca, um selo de qualidade ético-política. Venceu a Constituição da República, que se viu profundamente respeitada nos seus mais elementares princípios.
É o início de uma revolução pacífica, cidadã e profundamente comprometida com os diretos humanos e a nossa Constituição.

Fonte: http://www.mcce.org.br/node/699

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

De novo: STF julga Ficha Limpa


Retomando as postagens, começo pela lei que já está durando um parto difícil...

 Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vão retomar nesta quarta-feira o julgamento que definirá a validade da Lei da Ficha Limpa a partir das eleições deste ano. A votação sobre o caso foi interrompida em dezembro do ano passado quando houve um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Até agora, dois dos 11 ministros votaram: Joaquim Barbosa e Luiz Fux, ambos a favor da aplicação da norma. A lei impede a candidatura de políticos condenados por um colegiado ou que tenham renunciado a mandato eletivo para escapar de processo de cassação.


Leia Mais: http://br.noticias.yahoo.com/stf-retoma-hoje-julgamento-lei-ficha-limpa-122059132.html

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Ode a Alegria - Beethoven

Roubos de Livros Raros

Polícia suspeita que livros raros roubados do Instituto de Botânica foram encomendados do exterior


São Paulo – A Polícia Civil de São Paulo está investigando o roubo de três coleções de livros raros sobre a flora brasileira, que foram levados do Instituto de Botânica do Estado de São Paulo, na zona sul da cidade. A ação foi praticada por três homens e a suspeita é que as obras tenham sido encomendadas por alguém de fora do país. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o caso já foi comunicado à Polícia Federal.
Para a diretora do instituto, Vera Bononi, os criminosos saLbiam do valor do produto roubado. De acordo com ela, é praticamente impossível avaliar financeiramente as obras diante do teor do conhecimento científico contido no material.

leia Mais:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-02-03/policia-suspeita-que-livros-raros-roubados-do-instituto-de-botanica-foram-encomendados-do-exterior

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Seguro - Defeso: a multiplicação da Pilantragem

Uma política pública que precisa de revisão urgente. Mais monitoramento e controle na sua liberação. As medidas são importantes para que os ratos do dinheiro público não usem para fins eleitoreiros, prejudicando e deixando na miséria os verdadeiros beneficiários: os pescadores artesanais....

Matéria retirada do excelente Blog da Jornalista Francinette Florezano: http://www.uruatapera.com/blog/blog.asp

A multiplicação do peixe

Em Salvaterra, no arquipélago do Marajó, 84% da população está cadastrada para receber seguro-defeso. É o campeão do Brasil no benefício, mas não se destaca pela pesca.
Detalhe: o município tem fortíssima vocação turística, com a Reserva Ecológica da Mata do Bacurizal e do Lago Carapuru, belas praias e igarapés, comunidade quilombola e os sítios arqueológicos de Monsarás - com construções feitas pela equipe do navegador espanhol Vicente Yañes Pinzon em 1498, antes de Cabral chegar ao Brasil -, e as ruínas de igreja do século XVI em Joanes. Também é famoso pelo festival do Abacaxi na Vila de Condeixa, pólo de produção e referência nacional da fruta, e sedia base de pesquisa da Embrapa, onde funciona o Banco de Gesmoplasma da Amazônia, responsável pela manutenção de informações genéticas das raças de búfalos criados na ilha e do legítimo cavalo marajoara.

Fonte: http://www.uruatapera.com/blog/blog.asp

domingo, 29 de janeiro de 2012

Economia digital deverá dobrar de volume até 2016

Com informações da BBC - 27/01/2012

Crescimento celular

Segundo um estudo encomendado pelo Google, a economia digital deverá dobrar de valor até 2016.
O estudo, que cobre os países do G20 (20 maiores economias do mundo), foi divulgado nesta sexta-feira no Fórum Economico Mundial em Davos, na Suíça.
Os negócios associados à internet deverão crescer dos atuais US$ 2,3 trilhões para US$ 4,2 trilhões em 2016.
A previsão é que, em quatro anos, três bilhões de pessoas tenham acesso à internet.
O grande propulsor dos negócios deverão ser os celulares com acesso à internet, os chamados smartphones, em franca expansão em todo o mundo e, particularmente, nos mercados emergentes.
O que é economia digital?
O relatório, contudo, elaborado pelo Boston Consulting Group, não apresenta uma definição de economia digital e não especifica quais transações entraram na conta.
"Durante o estudo descobrimos que não há um jeito consensual de medir a economia da internet", assumiu David Dean, um dos diretores da empresa, em uma entrevista à BBC.
O executivo acrescentou que, em breve, não fará sentido falar em economia digital, já que todo o conjunto da economia estará associado à internet - o que parece diminuir a importância do seu próprio estudo.
Outra estimativa divulgada é que, em 2016, 80% dos usuários de internet acessarão a rede pelo celular.
A maioria dos usuários estarão nos mercados emergentes. Só na China serão 800 milhões de usuários, mais que Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha somados.
Fonte: inovação tecnológica

Caso Alepa: um abismo tenebroso

Rombo, falcatrua e desrespeito aos recursos públicos.  A Augusta Casa do Povo do Estado do Pará agoniza. Algumas matérias a respeito:

Do Blog Pereca da Vizinha: http://pererecadavizinha.blogspot.com


Do Blog Francinette Florezano: http://www.uruatapera.com/blog/blog.asp

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Quando Eu Me Chamar Saudade # Nelson Cavaquinho



Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora.
Me dê as flores em vida
O carinho, a mão amiga,
Para aliviar meus ais.
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais

Rio+20: uma grande dúvida

Crise econômica mundial pode colocar em risco importância da Rio+20, diz Emir Sader no Fórum Social

Paula Laboissière
Enviada especial

Porto Alegre – A Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), agendada para junho no Rio de Janeiro, deveria ser uma reunião altamente importante, mas há riscos de que esse cenário não se torne realidade. A avaliação é do sociólogo Emir Sader.

Durante visita a Porto Alegre para participar do Fórum Social Temático 2012 (FST), hoje (25), ele avaliou que um dos principais aspectos que coloca a importância do encontro em jogo é a crise econômica global. Os países desenvolvidos, segundo Sader, não vão querer fazer concessões ecológicas para não diminuir a competitividade.

“É uma batalha fundamental da humanidade, mas é uma batalha em que nós assopramos contra o vendaval, contra os países do centro [do capitalismo], que não mostraram disposição em cumprir os compromissos estabelecidos há 20 anos”, disse.

Na avaliação do sociólogo, os países ricos enfrentam um círculo vicioso de reagir à recessão e à crise com mais cortes e, portanto, com mais recessão, em uma espécie de “armadilha” armada para os países pobres e em desenvolvimento, mas que se virou contra eles.

Para Sader, o fator que mais preocupa, no momento, são as taxas de desemprego em todo o mundo. Segundo ele, mais de 80 milhões de pessoas perderam o emprego e a expectativa é que esse número chegue a 200 milhões de desempregados. “Isso recai, sobretudo, sobre os setores mais pobres, os trabalhadores imigrantes, com menor proteção social, em países como os Estados Unidos, a França, a Espanha e a Inglaterra”.

O sociólogo acredita que o Brasil, juntamente com outros países da América Latina, pode contribuir para reverter o cenário atual difundindo o modelo de desenvolvimento econômico com distribuição de renda, com expansão do mercado interno de consumo popular, com integração Sul-Sul e com intercâmbio econômico.

“Acho que o tema central do fórum e para o mundo é como superar o neoliberalismo, como construir uma sociedade pós-neoliberal, justa, humana e solidária. A quantas a gente anda, especialmente, tem que ser um tema latino-americano – que passos nós demos, que obstáculos temos ainda pela frente e de que maneira podemos enfrentar conjuntamente e propor alternativas para continentes que vivem em situações dramáticas como a África e parte da Ásia”, concluiu.

Acompanhe a cobertura completa do FST 2012 no site multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Inovação tecnológica é imperativo para o país, diz Raupp

Esforço criativo
A inovação tecnológica deixou de ser uma opção e passou a ser um imperativo para o desenvolvimento do país.
Este foi o discurso do novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.
No discurso de posse, ele afirmou que pretende ampliar a infraestrutura da ciência e tecnologia, e unir universidades e institutos de pesquisa para desenvolver projetos estratégicos.
"Tenho absoluta consciência da exigência sem precedentes para que a ciência, tecnologia e inovação contribuam para o desenvolvimento do país. O desafio da inovação ganhou novo patamar. Inovação não é opção, é imperativo. O futuro do país depende desse esforço criativo", ressaltou.
Conhecimento e economia
O novo ministro convocou governo, sociedade e empresas a somar esforços para a solução dos grandes problemas nacionais.
"Uma das necessidades que se impõem é a construção de um modelo que faça a aliança entre o conhecimento científico e a economia," disse.
Raupp enfatizou a necessidade de fortalecer os institutos de pesquisa para a intermediação do conhecimento científico com o sistema produtivo.
O papel da universidade, por sua vez, seria a interação com os grandes desafios do pensamento e a promoção e a disseminação do conhecimento.
Ele avaliou que as experiências no agronegócio, no petróleo e na aeronáutica mostram que o país está preparado para atuar na economia do conhecimento.
A seu ver, o MCTI deu um passo importantíssimo nessa direção ao estabelecer a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti) para o período de 2012 a 2015.
Setores do futuro
Entre os setores considerados "portadores de futuro", ele defendeu que os complexos industriais de defesa, aeroespacial e nuclear devem ser pensados em conjunto, por questão de soberania nacional.
E que é necessário estruturar uma cadeia de produção com pleno domínio das tecnologias envolvidas.
No que diz respeito a petróleo e gás, Raupp afirmou que a manutenção do fundo setorial CTPetro é imprescindível e prometeu continuar a luta por esses recursos no Congresso Nacional.
Segundo sua avaliação, o Brasil pode se tornar a primeira potência ambiental do planeta.
"A exploração da biodiversidade implica desafios importantíssimos para o futuro e a modernização da sociedade brasileira, o que exigirá uma visão de desenvolvimento nova, em que a ciência, a tecnologia e a inovação serão elementos cruciais para assegurar a sustentabilidade em seu sentido amplo", analisou, remetendo à ideia de "economia verde".
"Vamos fazer com que a nossa educação e a nossa ciência sejam motivos de orgulho para o Brasil e para os brasileiros, e de admiração para o mundo," concluiu.
A realidade
O Brasil é um dos 13 países com maior produção científica (ranking baseado na produção de artigos científicos publicados em revistas especializadas), mas ocupa o 47º lugar em inovação, pesquisa e desenvolvimento.
Além disso, em comparação aos países que mais desenvolvem tecnologia, o Brasil tem a menor participação empresarial nos investimentos para a geração de processos e equipamentos inovadores.
Aqui, o governo é o principal agente investidor em pesquisa e desenvolvimento (total de 1,2% do Produto Interno Bruto).
Para estimular a participação do capital privado na inovação, Raupp promete aumentar as parcerias público-privadas como é o caso da Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial (Embrapi).
A expectativa é que a "Embrapa da indústria" comece a funcionar no próximo mês, colocando à disposição das empresas laboratórios de tecnologia como o do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), e centros de alto desempenho do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Fonte: inovação tecnológica

NossaTerra: o mármore azul

O "mármore azul" imagem da Terra tirada pela tripulação da Apollo 17 em 1972 é uma das fotos mais famosas já feitas. Quando ela foi apresentada ao público, de repente vimos o mundo de uma maneira muito diferente. De tempos em tempos a NASA tem acrescentado outros "mármores azuis" para sua coleção, e tem usado a tecnologia para melhorar e aperfeiçoar as imagens. Recentemente a agência espacial revelou o que está chamando a "imagem de alta definição mais surpreendentes da terra -. mármore azul 2012" esta foi feita com instrumento VIIRS a bordo, do satélite de observação da terra lançado mais recentemente, Suomi NPP. Ela foi criada através de uma composição de faixas imageadas da superfície da terra e foi adquirida em 04 de janeiro de 2012 . A imagem em altíssima resolução (8000x8000 pixels) que pode ser impressa em grande formato para criar um lindo pôster pode ser baixada aqui.
Caetano Veloso melhor que ninguém descreve a famosa foto da Apolo 17. Ele estava na cadeia durante o regime militar e registrou em verso o que ele viu:
“Quando eu me encontrava preso / Na cela de uma cadeia / Foi que vi pela primeira vez/
As tais fotografias / Em que apareces inteira / Porém lá não estavas nua/
E sim coberta de nuvens...”

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MPE investiga Duciomar e Almir por crime eleitoral

Muito cuidado com o Ego, ele nos deixa cego, e sem a capacidade da Razão. Observamos que não seria candidato... Será que a foto não foi proposital??????

O procurador regional eleitoral Daniel Cézar Azeredo Avelino determinou que a promotoria do Ministério Público Eleitoral (MPE) abra procedimento para investigar denúncia de crime eleitoral contra o prefeito Duciomar Costa e seu pré-candidato à prefeitura de Belém, Almir Gabriel, filiado ao mesmo partido de Costa. No dia 15 passado, a dupla inaugurou asfaltamento e iluminação pública em conjuntos habitacionais nos bairros da Marambaia e Castanheira. Costa e Gabriel descerraram placas e fitas inaugurativas das obras. Tudo foi fotografado e exibido com um texto produzido pela assessoria de Costa no próprio sítio da prefeitura de Belém.

Leia Mais: http://www.diarioonline.com.br/noticia-184888-mpe-investiga-duciomar-e-almir-por-crime-eleitoral.html

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

ONU cobra de Obama o fechamento da prisão de Guantánamo

A alta-comissária para os Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), Navi Pillay, cobrou nesta segunda-feira (23) do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o fechamento da polêmica prisão de Guantánamo – localizada em uma base naval em território cubano. Segundo ela, há um ano, Obama prometeu fechar o presídio.
'[Apesar da promessa de Obama] a prisão continua a existir e indivíduos permanecem detidos arbitrariamente e indefinidamente em uma clara violação do direito internacional', disse Pillay, lembrando que, em 2011, Obama disse que tinha o compromisso de fechar o presídio durante discurso anual no Congresso norte-americano.
Pillay se disse 'profundamente decepcionada' com o que classificou de 'o fracasso dos Estados Unidos em encerrarem a prisão de Guantánamo'. '[Estou] incomodada com a incapacidade de encontrar os responsáveis pelas graves violações dos direitos humanos, incluindo tortura, que lá [em Guantánamo] ocorreram', ressaltou.
Construída em 2002, a prisão de Guantánamo reúne cinco prédios e várias denúncias de violações de direitos humanos. Há acusações sobre humilhações e tortura de militares com os detentos. Muitos dos presos são muçulmanos que também sofrem restrições à cultura religiosa.

Fonte: Agência Brasil

Ato público lembra a queda do edifício Real Class

Uma lembrança para as nossas "autoridades"...

A Associação dos Moradores da Travessa Três de Maio fará um ato público no próximo dia 29, a partir das 8h30, para lembrar a queda do edifício Real Class, que completa um ano.

Fatos Políticos no Pará: no ano do Dragão.



Como o editor é daqueles que tem uma humilde experiência nas análises políticas, isso sem fazer proselitismo, e sem previsões  "malinas" ou mal intencionadas. Observamos algumas movimentações interessantes e que com certeza irão trazer muita adrenalina no pleito de 2012..


Começa a pegar fogo a corrida municipal 2012
Ontem, as prévias do Partido dos Trabalhadores, sinalizaram que Puty será  candidato a prefeito de Belém, juntamente com Edmilson do Psol. Serão nomes fortes na busca da cadeira do Palácio Antônio Lemos. Lá pelo nordeste do Pará, especificamente, a Cidade Modelo, Castanhal, o novo, poderá ser a surpresa. O empresário João Sampaio é um nome forte na corrida daquela prefeitura, e terá o apoio de lideranças políticas históricas do município, além de apoio de ex-prefeito popular. Em Marapanim, município da região do salgado, o Economista Junior Babá, vem pelas beiradas conquistando apoio de lideranças importantes daquela polis. Isso tudo no ano do Dragão. Na terra da cachaça, uma surpresa poderá acontecer, isso se levado a sério,  a virtude da humildade e a tranquilidade na ações com a população.

Estamos na ilharga observando...

sábado, 21 de janeiro de 2012

Outro Paradigma: escutar a natureza






Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas, temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central – ideia – (eidos, em grego) significa visão. A tele-visão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.       

Outras culturas, como as próximas a nós, as andinas (dos quéchuas e aimaras) e outras se estruturam ao redor do escutar. Logicamente, eles também veem. Mas sua singularidade é escutar as mensagens daquilo que veem. O camponês do antiplano da Bolívia me diz: “Eu escuto a natureza, eu sei o que a montanha me diz”. Falando com um xamã, ele me testemunha: “Eu escuto a Pachamama, e sei o que ela está me comunicando”. Tudo fala: as estrelas, o sol, a lua, as montanhas soberbas, os lagos serenos, os vales profundos, as nuvens fugidias, as florestas, os pássaros e os animais. As pessoas aprendem a escutar atentamente estas vozes. Livros não são importantes para eles, porque são mudos, ao passo que a natureza está cheia de vozes. E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem, ao ver as nuvens, ao escutar os ventos, ao observar as lhamas ou os movimentos das formigas, o que vai ocorrer na natureza.        

Isso me faz lembrar uma antiga tradição teológica elaborada por Santo Agostinho e sistematizada por São Boaventura na Idade Media: a revelação divina primeira é a voz da natureza, o verdadeiro livro falante de Deus. Pelo fato de termos perdido a capacidade de ouvir, Deus, por piedade, nos deu um segundo livro que é a Bíblia para que, escutando seus conteúdos, pudéssemos ouvir novamente o que a natureza nos diz.

Quando Francisco Pizarro, em 1532, em Cajamarca, mediante uma cilada traiçoeira, aprisionou o chefe inca Atahualpa, ordenou ao frade dominicano Vicente Valverde que com seu intérprete Felipillo lhe lesse orequerimento, um texto em latim pelo qual deviam se deixar batizar e se submeter aos soberanos espanhóis, pois o papa assim o dispusera. Caso contrário, poderiam ser escravizados por desobediência. O inca lhe perguntou donde vinha esta autoridade. Valverde entregou-lhe o livro da Bíblia. Atahaualpa pegou-o e colocou ao ouvido. Como não tivesse escutado nada, jogou a Bíblia ao chão. Foi o sinal para que Pizarro massacrasse toda a guarda real e aprisionasse o soberano inca. Como se vê, a escuta era tudo para Atahualpa. O livro da Bíblia não falava nada.

Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas, carregadas de sentido e de mensagens. Percebem o fio que tudo penetra, unifica e dá significação. Nós, ocidentais, vemos as árvores mas não percebemos a floresta. As coisas estão isoladas umas das outras. São mudas. A fala é só nossa. Captamos as coisas fora do conjunto das relações. Por isso, nossa linguagem é formal e fria. Nela temos elaborado nossas filosofias, teologias, doutrinas, ciências e dogmas. Mas esse é o nosso jeito de sentir o mundo. E não é de todos os povos.

Os andinos nos ajudam a relativizar nosso pretenso “universalismo”. Podemos expressar as mensagens por outras formas relacionais e includentes, e não por aquelas objetivísticas e mudas a que estamos acostumados. Eles nos desafiam a escutar as mensagens que nos vêm de todos os lados.

Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições.

Leonardo Boff, teólogo e escritor, é autor de 'O casamento do Céu com a Terra: Mitos ecológicos indígenas' (Moderna, São Paulo, 2004)