quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Observatório Social de Abaetetuba

Parabenizamos pela iniciativa da Sociedade Civil no controle social, em especial a Arte Real....

Abaetetuba também ganhou um Observatório Social, em 18/12/10. É o segundo município paraense a contar com o trabalho cidadão de fiscalização e promoção da ética e cidadania fiscal.

O Observatório Social de Abaetetuba surge com o apoio de importantes segmentos da sociedade, dentre eles: Diocese de Abaetetuba; Associação Comercial; Federação das Associações Comerciais do Estado do Pará - FACIAPA; Maçonaria; Rotary; Lyons; OAB-Subseção Abaetetuba; Conselho Regional de Contabilidade - CRC/PA; OCB/SESCOOP - Secçao PA e Rede de Controle da Gestão Pública no Pará.

Em Belém, o lançamento do Observatório Social foi em 9 de dezembro. Em Abaetetuba, o lançamento oficial da entidade será, em 28/12/10, às 19h, na sede da Associação Comercial daquele município.
 
Fonte: http://www.osdebelem.org/

O Curioso



Cachorro curioso fica entalado em muro da Califórnia

O cachorro chamado Rebel foi encontrado ganindo e com a cabeça aparecendo do outro lado da parede de 46 cm de espessura na região de Desert Hot Springs, a leste de Los Angeles, enquanto seu corpo se manteve firmemente do outro lado."Minha primeira reação foi, 'Uau, como ele se meteu ali?' e depois 'por quê há um buraco tão grande na parede?'", disse o sargento James Huffman, responsável pelo serviço de animais do Condado de Riverside, onde recebeu uma chamada pedindo ajuda para salvar o animal.

"Foi uma situação muito rara. Não está claro se estava caçando outro animal ou se simplesmente é curioso", acrescentou o oficial. Após confirmar que Rebel estava respirando bem, Huffman e o oficial Hector Palafox se posicionaram em ambos os lados do muro para realizar o difícil resgate.

"Um dos oficiais se localizou na parte do muro onde estava a cabeça, enquanto o outro trabalho no lado do corpo", indicou um comunicado do Departamento de Serviços de Animais de Riverside.

Palafox "agarrou as orelhas para trás para garantir que não sofresse durante a tentativa de resgate" e depois de 30 minutos e um pequeno ferimento no cotovelo o cachorro saiu a salvo.Huffman disse que Rebel foi muito colaborador.

"Ele não nos deixava saber se estávamos empurrando muito forte, mas esteve trabalhando o tempo todo conosco"."Sabia que estávamos ali para salvá-lo", acrescentou.

Nação Azul

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Algumas citações

" Aquilo que existe de mais vulnerável  e, apesar disso, de mais inconquistável é a vaidade humana: de fato, sua força aumenta e pode tornar-se por fim gigantesca quando ela é ferida" - Nietzsche (1882);

" Dê a um homem tudo que ele deseja, e ele, apesar disso, naquele mesmo momento, sentirá que esse tudo não é tudo" - Kant (1789 )

" Quem sabe que é profundo busca a clareza; quem deseja parecer profundo para a  multidão, procura ser obscuro. Pois a multidão toma por profundo aquilo cujo fundo não vê: ela é medrosa, hesita em entrar na água. " -  Nietzsche ( 1882)

sábado, 25 de dezembro de 2010

Palavras e Silêncios

Abaixo-assinado contra o aumento nos salários do presidente da República, ministros e parlamentares. Dezembro/2010

Abaixo-assinado contra o aumento nos salários do presidente da República, ministros e parlamentares. Dezembro/2010

Leviatã: Thomas Hobbes ( 1588 -1679)

De acordo com uma história sobre o qual muitos fazem alarde, Hobbes nasceu prematuro quando sua mãe, assustada por escutar nos noticiários que a Armada Espanhola estava se aproximando, entrou em trabalho de parto. " O medo e eu nascemos gêmeos", disse ele. Certamente, o medo possui um papel central na grande obra de Hobbes, Leviatã, mas se isso se deve à psicologia de Hobbes ou à psicologia humana em geral é outro assunto, que deixamos para os biógrafos.

O que é óbvio, contudo, é que Leviatã marca, na prática, um rompimento com todo pensamento político anterior a ele, pensamento que depende de considerações religiosas. Alguns sustentam que Hobbes era um ateu disfarçado. De fato, o parlamento inglês investigou a possibilidade de que o Grande incêndio de Londres tinha sido uma retribuição divina aos escritos blasfemos de Hobbes. Eles pensaram que Hobbes pudesse ter irritado Deus e de fato insistiram que parasse de publicar, só por precaução. Seja como for, é verdade que sua concepção de obrigação política é arraigada não na vontade divina, mas na razão. Isso não significa que a religião seja ignorada no Livro: partes extensas da obra são dedicadas á justificação teológica de conclusões alcançadas alhures. Mas a autoridade das escrituras fica atrás da racionalidade em Leviatã, e é nessas páginas que a Filosofia é reconhecida como política surge para o mundo.

Sugestão de Leitura: Uma introdução aos vinte melhores Livros de Filosofia - James Garvey - Série Rosari 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A Árvore da Vida

Mosqueiro e os Assaltos

Considerada como uma das capitais mais violentas do país, Belém do Grão Pará amarga uma posição constrangedora para seus cidadãos, muito pelo descaso de políticas públicas[...] do poder público municipal, e principalmente para a juventude.
Não fugindo à regra,  a bucólica Mosqueiro, não tanto mais segura, vivencia uma prática de assaltos manjados, mas que até o momento é pouco coibido pelas autoridades policiais.


Repasso uma matéria do jornal local que preocupa àqueles que buscam a tranquilidade.

ASSALTOS

"Aproveitar a tranquilidade dos fins de semana para um passeio nas praias do Mosqueiro pode dar dor de cabeça. Com o pouco movimento, assalatantes se transvestem de banhistas - um fica na areia e outro na água - e, quando a pessoa está despreocupada fazendo cooper com a familia, os bandidos surgem com facas e anunciam o assalto. Na chamada " ilha" das pedras, na praia do farol, pelo menos dois assaltos são registrados nos fins de semana. A Polícia Militar, chamada, até que aparece, mas não pode ficar permanentemente no local" ( O liberal, Repórte 70, 23 de dezembro, 2010).

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Redinção de Valtaire



Transformando uma fraqueza em Poder

Valtaire vivia exilado em Londres numa época em que estava no auge ser contra os Franceses. Um dia, caminhando pelas ruas, ele se viu cercado pela uma multidão irada. " Enforquem-no, enforquem o francês", gritavam. Valtaire calmamente se dirigiu à turbe dizendo o seguinte: " Ingleses! Desejam me matar porque sou francês. Já não fui punido o suficiênte por não ter nascido inglês?

A multidão aplaudiu as suas palavras sensatas, e o escoltaram de volta aos seus alojamentos.

Fonte: The Little, Brown Book of Anecdotes, Clifton Fadiman, 1985.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Mosqueiro e a Bela Ariramba

A bela mosqueiro que mesmo maltratada, ainda encanta por força da natureza. Praia do Ariramba, um dos encantos!!!








O Pedido Final de Jacques de Molay : o Tribunal dos Justos




Deus me fará Justiça!

No dia 18 de março de 1314, Paris amanheceu nervosa. Jacques de Molay, grão-mestre da Ordem dos Templários, iria para a fogueira. O condenado à morte pediu duas coisas: que atassem suas mãos juntas ao peito, em posição de oração, e que estivesse voltado para a Catedral de Notre Dame. No caminho, parou e fitou os dois homens que o haviam condenado: o rei Filipe, o Belo, e o papa Clemente 5º. Rogou-lhes uma praga: “Antes que decorra um ano, eu os convoco a comparecer perante o tribunal de Deus. Malditos!” Depois disso, calou-se e foi queimado vivo.

As chamas que consumiram De Molay também terminaram com uma época, da qual o grão-mestre foi o derradeiro símbolo: a das grandes sociedades secretas da Idade Média. Nenhuma foi tão poderosa quanto a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão – nome completo dos templários. “Enquanto o clero e a nobreza se engalfinhavam na luta pelo poder, os templários, sem dever obediência senão ao papa, desfrutavam de uma independência sem par”, diz o historiador britânico Malcolm Barber, autor de A History of the Order of the Temple (“Uma História da Ordem do Templo”, inédito no Brasil).

Da Trilogia do Templo -Volume III - Esquin de Floyrac - Fim do Templo - Z. Rodrix.

"O Grão - Mestre deu uma volta sobre si mesmo, olhando ao longe para Paris que dali se descortinava, e Gritou: No último dia de minha vida, é justo que eu faça a verdade triunfar! O que nos obrigaram a confessar sob torturas, negamos aqui antes do suplício, para que saibam que o que dizemos é a mais pura verdade! A liturgia nas igrejas dos Templários é mais bela e devota que em qualquer outra igreja! A Ordem do Templo foi  sempra pródiga em doações para a caridade da Igreja! Nehuma outra Ordem derramou tão prontamente seu sangue em defesa da fé cristã!"

Jacques de Molay, sendo levado para a Estaca, continuou:

" Clemente! Juiz iníquo e Carrasco cruel! Eu te convoco a comparecer, dentro de quarenta dias, ao Tribunal de Deus! Felipe, soberano digno de escárnio, dentro de um ano deves estar também diante do mesmo tribunal, para responder por teus crímes! "

E seu irmão Templário que também estava sendo punido , Geoffroy de Charney o secundou:

Malditos! Malditos! sereis todos malditos até a décima terceira geração de vossos filhos! O último deles será suplicado, como nós o estamos sendo hoje! Todos os que nos traíram estarão em breve conosco frente ao Tribunal de Deus!

O Destino de Nogaret - Seu Inquisitor; Felipe, o Rei Vaidoso; Papa Clemente V

Quarenta dias depois, Felipe e Nogaret recebem uma mensagem: "O Papa Clemente V morrera em Roquemaure na madrugada de 19 para 20 de abril, por causa de uma infecção intestinal", Felipe e Nogaret olharam-se e empalideceram.

Rei Felipe IV, o Belo, faleceu em 29 de novembro de 1314, com 46 anos de idade, quando caiu de um cavalo durante uma caçada em Fountainebleau.

Guillaume de Nogaret - Procurador do Rei acabou falecendo numa manhã da terceira semana de dezembro, envenenado. Encontrado sobre sua mesa de trabalho, hirto, os olhos arregalados e a boca como se tivesse tomado um grande susto...

Após a morte de Felipe, a sua dinastia, que governava a França a mais de 3 séculos, foi perdendo a força e o prestígio. Junto a isso veio a Peste Negra e a Guerra dos Cem Anos, a qual tirou a dinastia dos Capetos do poder, passando para a dinastia dos Valois.

Em homenagem à Jacques DeMolay como símbolo de Lealdade, Tolerância e Coragem.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Nova edição do Atlas Nacional revela transformações do território brasileiro

A nova edição do Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, que atualiza as informações geográficas sobre o território brasileiro, foi lançado na terça-feira dia 14. A obra articula textos e imagens de satélite produzidas com técnicas avançadas, ampliando a capacidade de observar a complexa realidade do País. O Atlas capta dois importantes processos da dinâmica brasileira na primeira década deste século: a melhoria de condições de vida de parte da população e a valorização da potencialidade do território.
Responsável pela difusão do conhecimento geográfico do Brasil entre estudantes de todos os níveis de ensino, o Atlas reúne o maior conjunto de informações levantadas pelas instituições públicas do País, constituindo-se como instrumento estratégico para o planejamento de seu futuro.

A publicação se estrutura em torno de quatro grandes eixos: O Brasil no mundo, Território e meio ambiente, Sociedade e Economia e Redes geográficas. O primeiro trata da inserção do Brasil no cenário mundial. Aborda questões como a desigualdade social, o acesso a informações, as redes geográficas e as fontes energéticas. Ressalta que as diversas formas de inclusão do Brasil no mundo afetam a própria geografia do país, pois grande parte das atividades aqui desenvolvidas relaciona-se à competição mundial.

A relação entre Território e meio ambiente também é abordada, enfatizando que o espaço geográfico representa um dos fundamentos da identidade nacional, o que torna seu mapa uma referência central desta identidade e de seu reconhecimento no mundo. O tema Sociedade e economia ressalta que a formação econômica e social é uma categoria fundamental para entender o espaço. Aborda a dinâmica geográfica, a urbanização, a desigualdade social, saúde, educação, saneamento, cidadania e espaço econômico.

O último eixo, Redes geográficas, considera as redes como elementos centrais de compreensão da dinâmica e da transformação do espaço geográfico contemporâneo. Inclui as redes geodésicas, cartográfica, urbana, viárias, energéticas, telefônicas e informacionais.

O atlas é composto por 548 mapas, 237 a mais que na edição anterior (2000), 76 gráficos, oito tabelas, seis fotos e 14 imagens de satélite. Entre os destaques, estão os mapas referentes à cadeia produtiva (carne, algodão herbáceo e mandioca) e o da distribuição dos estabelecimentos agropecuários, publicados pela primeira vez nesta edição.


O Atlas pode ser adquirido na Loja Virtual do IBGE (www.ibge.gov.br/lojavirtual) e nas livrarias consignadas (www.ibge.gov.br/lojavirtual/livrarias)

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidencia da República

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Um Táxi Ecológico ( e bonito)



De acordo com o site Planeta Sustentável, o designer Hazman Malik projetou um tipo de táxi, que, ao contrário da maioria dos carros conceitos atuais, não é elétrico e utiliza energia solar e cinética para se locomover e não emite gás carbônico:


O “Green Cab”, como foi batizado, foi desenhado para ser simples e atender as demandas dos turistas que visitam um determinado local. O carro possui teto solar e muito espaço livre, para permitir que o visitante aprecie a paisagem.

O compartimento traseiro do “Green Cab” dispõe de um espaço para armazenamento da bateria, que pode aumentar o desempenho do veículo. De acordo com o site Eco Friend, que divulgou o projeto, o designer não forneceu as especificações técnicas do carro.

Fonte: http://somenteboasnoticias.wordpress.com/

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Voltaire e os Perigos da Leitura

Era comum entre os homens de letras da França do século XVIII, para esquivarem da censura e do olho inquisidor do clero, fazerem-se passar por viajantes orientais, ou situarem suas histórias em meio a sultões, cádis, odaliscas e dervixes em algum cantão qualquer da Ásia Menor para assim melhor criticarem as opressões a que estavam submetidos. Montesquieu atingiu a celebridade imediata com suas Lettres persanes (Cartas persas, 1721), uma corrosiva exposição dos costumes franceses. Voltaire seguiu-o mais tarde, entre outros, com um pequeno artigo intitulado De l´horrible danger de la lecture (Do horrível perigo da leitura) para satirizar os que perseguiam a Encyclopédie e o partido dos filósofos. Para tanto, explorou os arraigados preconceitos que os europeus tinham em relação ao Império Turco-Otomano, velho inimigo dos cristãos e símbolo, segundo eles, da aliança do despotismo com o obscurantismo.

O Parecer do Mufti Cherébi

Tudo começa, na historieta de Voltaire, quando Joussouf Cherébi, mufti do santo Império Otomano, dá a resposta, numa data imprecisa, a uma solicitação interrogante feita por um ex-embaixador da Sublime Porta na França. O dignatário viera do Ocidente, maravilhado pela presença da imprensa, e queria saber dos grandes sábios do reino turco a opinião deles sobre aquele invento. Consultaram-se então os irmãos cádis e os imãs da cidade imperial de Istambul, sobretudo os faquires ("conhecidos por seu zelo contra o espírito", disse Voltaire), que não demoraram em propor a condenação, proscrição e anatematização do infernal engenho.

Os Argumentos dos Sábios Otomanos

1. Ela, a imprensa, é perigosa porque facilita a comunicação dos pensamentos, tendendo evidentemente a dissipar a ignorância que, afinal, é a guardiã e a salvaguarda dos Estados bem policiados.

2. É especialmente temível que cheguem, entre os livros que aportam vindos do Ocidente, alguns que tratem da agricultura e sobre os meios de aperfeiçoar-se as artes mecânicas, obras que podem, a longo prazo (o que não agradaria a Deus), revelar o gênio dos nossos cultivadores e dos nossos manufatureiros, exercitando-lhes a indústria, aumentando-lhes a riqueza, inspirando-lhes assim a elevação das suas almas e um certo amor ao bem público, sentimentos que são opostos à sã doutrina.

3. Chegará por fim o tempo em que teremos livros de história descomprometidos com o maravilhoso, o que sempre entreteve a nação numa feliz estupidez: haverá nesses livros a imprudência de fazer justiça às boas e às más ações e de recomendar a equidade e o amor à pátria, o que é visivelmente contrário aos nosso direitos locais.

4. Logo chegará a vez dos miseráveis filósofos que, sob pretextos especiosos, mas puníveis, irão querer esclarecer o homem comum e tentar fazê-los melhores, ensinando-lhes virtudes perigosas as quais o povo jamais deve tomar conhecimento.

5. Argumentando que têm enorme respeito por Deus, eles, os pensadores, terminarão imprimindo escandalosamente, fazendo por diminuir os peregrinos a Meca, provocando um grande detrimento da saúde das suas almas.

6. Sem dúvida chegará o momento em que, à força de ler os autores ocidentais que tratam das doenças contagiosas e da maneira de preveni-las, ficaremos infelizes por nos garantirem contra as pestes, o que seria um grave atentado contra a Providência.

Recomendações do Mufti Cherébi

Em vista do exposto, o mufti então propõe que, para edificar as fidelidades e pelo bem geral das almas, jamais alguém leia um livro, sob pena da danação eterna. Que evite-se por todos os meios a tentação diabólica dos pais desejarem ensinar seus filhos a ler e a escrever, pois nós os defendemos deles tentarem pensar. Além disso, sugere que os crentes sejam mobilizados a denunciar à oficialidade qualquer vizinho que consiga falar quatro frases seguidas que tenham algum sentido, que sejam claras e inteligíveis. Ordenemos, encerra o mufti, que toda a conversação deve servir-se de expressões e termos que nada signifiquem, tal como é o antigo uso na Sublime Porta.

Fonte: http://educaterra.terra.com.br

Agentes Públicos serão capacitados para operar projetos de governo

A partir do próximo ano, um projeto coordenado pelo Ministério do Planejamento (MP) vai qualificar, com formação em nível médio ou superior de escolaridade, cerca de 500 mil agentes públicos. O objetivo é capacitá-los, até 2016, para operarem em projetos e programas governamentais. Segundo o MP, a medida vai modernizar a gestão pública, promover a capacitação inicial e continuada da força de trabalho no setor e intensificar a cooperação do governo federal com estados e municípios. As ações serão desenvolvidas pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR) e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap). A expectativa é que o edital seja publicado até o final de janeiro.

Podem ser tecnólogos em Gestão Pública os membros, dirigentes, gestores, técnicos e auxiliares dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo. Além destes, integrantes da administração direta e indireta que sejam estatutários, celetistas ou comissionados e, ainda, os representantes dos conselhos gestores de setores como saúde, alimentação escolar e assistência social.

Nos dois primeiros anos 80% das vagas previstas serão reservadas para a esfera municipal, em locais onde ainda existe maior carência de formação de alto nível em gestão pública. Nesse período, serão abertas 30 mil vagas.

Curso - O curso utilizará a metodologia apropriada para educação de adultos, com a tecnologia de educação à distância para a capacitação profissional, aproveitando a experiência do IFPR e da Enap na oferta de cursos profissionalizantes e também a estrutura da Secretaria de Gestão do MP - que tem programas de apoio à gestão nos estados e municípios. O curso superior é uma graduação em nível tecnológico, com, no mínimo, 1.920 horas/aula, distribuídas em 24 meses.

A metodologia de ensino prevê encontros semanais, nos quais os alunos dirigem-se aos polos de apoio presencial (unidades mantidas por municípios ou governos estaduais) e assistem a transmissão ao vivo das aulas. Além disso, existem atividades nas quais os alunos desenvolvem capacidade de análise por meio de exercícios, estudos, trabalhos individuais e em grupo. Todo o curso é apoiado por material didático impresso e em mídia eletrônica disponível na internet.

O curso desenvolverá os temas Relações Institucionais; Saneamento; Gestão Aplicada ao Setor Público; Gestão Participativa e Compartilhada; Associativismo e Cooperativismo; Ética Profissional; Contabilidade Pública; Comunicação Oficial; Gestão de Compras Públicas; Mecanismos de Transferências Voluntárias e Prestação de Contas; Marketing Público; Organização do Estado; Planejamento e Desenvolvimento Urbano; Direito Público; Gestão da Informação, das Relações Humanas, de Políticas Públicas, de Recursos Humanos, de Projetos, Ambiental, do Patrimônio e Logística e de Serviços e Obras Públicas.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Curta de Animação para Deficiente Auditivo e Visual - Revolução Cabana


Está em fase de produção o curta de animação para deficientes Auditivos e Visuais, produzido pela Karandash Estudio de Animação. O curta é uma  resenha pictórica da história da Revolução Cabana, sob a óptica do Barão de Guajará - Domingos Antônio Raiol. O enredo aborda a Cabanagem, considerada pelos historiadores  um dos movimentos populares mais importantes do Brasil Colonial.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Audioteca Sal e Luz

São áudios de 2.700 livros que podem ser enviados a pessoas com deficiência  visual

Procure o site:

http://www.audioteca.org.br/catalogo.htm
Veja os nomes dos livros falados disponiveis.





Sistemas de ensino vivem crise em todo o mundo, avalia especialista

Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgados esta semana, mostram que muitos países considerados referência em qualidade de educação não conseguiram melhorar o desempenho ou até mesmo pioraram – como o Reino Unido, a Holanda, França e Austrália. Para o especialista em educação e ex-representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil Jorge Werthein, os números mostram que 'todos os países estão enfrentando uma crise em qualidade de educação'.

A prova é aplicada a cada três anos pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em matemática, leitura e ciências. Em 2009, participaram 65 países. O Brasil, apesar de ter melhorado seus resultados, ficou em 54° lugar. A média dos países-membros da organização ficou inalterada.

Na avaliação de Werthein, a falta do hábito da leitura é hoje um problema universal e tem impacto nesses resultados. 'Os jovens de 15 anos não estão conseguindo ser atraídos pela leitura e a escola está lutando incessantemente contra isso', avalia. O relatório do Pisa mostra que, em média, 41% dos alunos dos países da OCDE leem somente se for necessário. Um terço afirma que ler é um dos hobbies favoritos e quase um quarto diz que a atividade é 'perda de tempo'. Em todos os países, com exceção do Cazaquistão, todos aqueles que gostam dessa atividade têm performance significativamente melhor em leitura.

 O Pisa também investigou os tipos de textos que os alunos leem e aponta um crescimento da popularidade da leitura nos meios digitais como a internet. Em todos os países participantes, essa atividade está associada a melhores desempenhos em leitura, apesar de o impacto desse hábito na nota final não ser tão alto. Mas a parcela de estudantes que leem jornais e revistas por prazer caiu bruscamente, segundo o estudo.

'Isso levanta uma preocupação muito importante, as escolas precisam brigar e tentar melhorar a leitura, nenhuma sociedade pode ser democrática se não for letrada', defende Werthein. Ele ressalta que é pequeno o número de alunos brasileiros que tiveram um bom desempenho em leitura e estão no nível 4 e 5 de proficiência, considerando uma escala de 1 a 5. Em média, os estudantes do país ficaram no nível 2, mas parte considerável ainda está no primeiro.

O coordenador de Educação da Unesco no Brasil, Paolo Fontani, avalia que quanto mais alto é o desempenho de um país, mais difícil é conseguir melhorar a nota. 'É mais fácil crescer quando os patamares são mais baixos. Mas, ainda assim, países como a Polônia e Portugal tiveram uma melhora bastante forte sobretudo na camada de estudantes que tinham desempenho mais fraco. No Brasil foi o contrário: melhoraram aqueles que já estavam em níveis elevados e não houve avanço forte entre aqueles com baixa performance', apontou.

Para Fontani, o Pisa deixa a lição de que sustentar a qualidade do ensino é uma tarefa complexa. 'Qualquer sistema, se você não cuidar, ele vai cair, é como um prédio. A estrutura de um sistema educativo pode ser perfeita e de boa qualidade, mas, se não tiver manutenção ou não cuidar bastante, ele não funciona', avalia.

Ele ressalta também que em alguns países os resultados podem ter sido afetados por fluxos migratórios, como na Inglaterra, que entre 2000 e 2009 perdeu 28 pontos na média das três disciplinas. 'Os estudantes que têm uma língua materna diferente impactam o desempenho total'.

Werthein acredita que os países cujas médias caíram no Pisa devem ter uma forte reação para mudar o cenário. Foi o que ocorreu com a Alemanha, que depois de desempenhos considerados fracos subiu 23 pontos entre 2000 e 2009.

'Eles [países mais ricos] estão muito preocupados e para eles é inaceitável estar nessa posição. Nós exigimos ser sempre campeões de futebol, deveríamos ter essa mesma vontade para ser campeões internacionais em leitura, matemática e ciências', compara Werthein.

Fonte: Agência Brasil

13 de Dezembro : dia do Marinheiro

Parabéns a todos os Marinheiros, os sentinelas dos Mares do Glorioso Brasil.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Porto do Espadarte: uma questão de tempo

Repasso a  matéria do RD do dia 09/12/2010 - como o poster está estudando para um futuro trabalho acadêmico, vai para reflexão....

Em gabinetes influentes e geralmente bem informados do meio empresarial havia o rumor de que a vale estaria estudando a construção de um terminal marítimo na ilha da Tijoca, no município de Curuça-Pa. Engano de que apostava. Em desmentido, a empresa, consultada, acaba de confirmar por sua assessoria: " A Vale desenvolve estudos de viabilidade de alternativas logísticas em todo país, dentro de seu plano de Capacitação Logística no Brasil. Estudos no Estado do Pará estão em análise e serão divulgados oportunamente".

Alcance

Aliás, se estudos chegarem a uma conclusão favorável, a construção do porto causará uma revoluçõa na logística de transporte não apenas no Pará, mas em toda região Norte. Pela profundidade da área - 23 metros - e local estratégico, o superporto de Tijoca se tornará o principal centro exportador do Brasil aos mercados da América do Norte, Asia, África e Europa; impulsionará a Hidrovia  Araguaia - Tocantins e poderá, até viabilizar, no Pará, a Gigantesca Base Naval que vai abrigar a 2 esquadra da Marinha de Guerra do Brasil.

Memória

Para registro histórico, já que as novas gerações ingnoram o assunto, o Porto de Tijoca - ou do Espadarte, como preferem alguns - era a solução pelo Pará em peso, na década de 70, para o escoamento do minério de ferro de Carajás.  Na época, sob a gestão de Gaisel, o Ministério dos Transportes e a Vale, então Estatal, descartaram a alternativa. Para desgostos dos Paraenses, acabou prevalecendo a opção do embarque do minério pelo porto de São Luis do Maranhão, interligado à mina, no Pará, por estrada de ferro de 892 quilômetros.

ESSA QUASE NINGUÉM ACERTA..

Enviada pelo amigo Octávio Pessoa.

Aí vai um desafio para quem quiser testar seus conhecimentos de língua Portuguesa. Trata-se de um teste realizado em um curso na American Airlines. Na frase abaixo deverá ser colocado 1 ponto e 2 vírgulas para que a frase tenha sentido.
 
 
" MARIA TOMA BANHO PORQUE SUA MÃE DISSE ELA PEGUE A TOALHA "
 
 

PENSE e, caso não chegue a uma conclusão, veja a resposta no:

http://blogdooctaviopessoaf.blogspot.com/

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A Maior Solidão

"A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.

A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.

O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre." 
Vinícius de Moraes

Praia de D.Pedro : o diamante de Marapanim - Pa

O Reconhecimento Ecológico, Antropológico e Filosófico do Diamante de Marapanim - Pa

À convite de nosso amigo  Sebastião Junior (o Babá), o poster esteve em visita na praia de D.Pedro no Município de Marapanim - Pa. Local para poucos, onde a natureza pura e bela encanta em tudo. De frente para o  oceano,  é considerada umas das maiores praias do Estado do Pará em extensão costeira. 

Localizada em um ponto estratégico, pois é de lá que os Práticos embarcam para a pilotagem dos grandes navios que circulam no Pará, é também um ponto de confluência para o futuro Porto do Espadarte, além de estar próximo do local da futura Esquadra da Marinha do Brasil,  que tem a possibilidade de ser implementado na Região.

Estiveram em visita o grande Pescador Malaquias Batista, nosso comandante que dignifica a profissão por sua sabedoria e honestidade, o amigo Agenor Pires, o Pescador Paulo Suada -  da comunidade do Camará - e a tripulação. Diz a lenda que a força magnética do local é sentida no momento do desembarque. Para os que apreciam a natureza, vão algumas fotos deste diamante. Um pré-requisito é essencial para a visita: a coragem e o amor pelas coisas belas...



terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Álcool, o Rei das Drogas

                                                                                               
Pesquisa realizada em 14 capitaisbrasileiras, já em 2001, pela organização dasNações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura ( UNESCO) revelou que o consumo do álcool começa cada vez mais cedo, em média, aos 13 anos. Segundo o Ministério da Saúde, o álcool é a droga mais usada pelos jovens no Brasil, e é considerada a porta principal de acesso às demais drogas.

O álcool é uma das poucas drogas lícitas aceitas socialmente, o que facilita a sua aquisição e o uso indiscriminado. Infelizmente, só é visto como problema quando é utilizado excessivamente, gerando dependência, ou ocasionando tragédias ou desastres (acidentes de trânsito, violências doméstica e sexual, e
homicídios).

No Brasil, estima-se que entre 10 a 20% da população sofra de alcoolismo. Além de estar associado à desagregação familiar, às perdas materiais e ao desequilíbrio emocional, o álcool é responsável por 60% dos acidentes de trânsito nas cidades brasileiras e aparece em 70% dos laudos cadavéricos das mortes violentas.

Um estudo britânico que analisou os danos causados aos usuários de drogas e para as pessoas que os cercam concluiu que o álcool é mais prejudicial do que a heroína ou o crack.

O estudo divulgado na publicação científica Lancet classifica os danos causados por cadasubstância em uma escala de 16 pontos.

Os pesquisadores concluíram que a heroína e a anfetamina conhecida como “crystal meth”são mais danosas aos usuários, mas quando computados também os danos às pessoas emvolta do usuário, no topo das substâncias mais nocivas estão, na ordem, o álcool, a heroína e o crack.

O cigarro e a cocaína são considerados igualmente nocivos também quando se leva em
conta as pessoas do círculo social dos usuários, segundo os pesquisadores. Drogas como LSD
e ecstasy foram classificadas entre as menos danosas.

Fonte: BBC - Álcool é mais prejudicial do que a heroína ou o crack , diz estudo - 02/11/2010 -

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ponto de Leitura: um espaço para divulgação dos bons livros

QUASE MEMÓRIA - Carlos Heitor Cony

Romance antológico, premiado no Jabuti em 1996 como o melhor do ano, pela câmara brasileira do livro. Uma magnífica obra que trata da relação de pai e filho e discuste os sentimentos contraditórios, as alegrias e as tristezas, o afeto incondicional e, acima de tudo a cumplicidade da relação.

Vale a pena ler...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Brasil tem 190.732.694 habitantes

Censo revela que população cresceu 12,3% em dez anos

O resultado do Censo 2010 indica que o Brasil tem 190.732.694 habitantes. Em comparação com o Censo 2000, ocorreu um aumento de 20.933.524 pessoas. Esse número demonstra que o crescimento da população brasileira no período foi de 12,3%, inferior ao observado na década anterior (15,6% entre 1991 e 2000). O levantamento mostra também que a população é mais urbanizada que há dez anos: em 2000, 81% dos brasileiros viviam em áreas urbanas, agora são 84%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizaram este trabalho 230 mil pessoas, sendo 191 mil recenseadores.

A região Sudeste continua a mais populosa do País, com 80.353.724 pessoas. Mas entre 2000 e 2010, a região perdeu participação (de 42,8% para 42,1%), assim como as regiões Nordeste (de 28,2% para 27,8%) e Sul (de 14,8% para 14,4%). Por outro lado, aumentaram seus percentuais de população as regiões Norte (de 7,6% para 8,3%) e Centro-Oeste (de 6,9% para 7,4%).

Entre as unidades da federação, São Paulo lidera com 41.252.160 pessoas. Por outro lado, Roraima é o estado menos populoso, com 451.227 pessoas. Houve mudanças no ranking dos maiores municípios do País, com Brasília (de 6º para 4º) e Manaus (de 9º para 7º) ganhando posições. Por outro lado, Belo Horizonte (de 4º para 6º), Curitiba (de 7º para 8º) e Recife (8º para 9º) perderam posições.

Os resultados mostram que existem 95,9 homens para cada 100 mulheres, ou seja, existem mais 3,9 milhões de mulheres a mais que homens no Brasil. Em 2000, para cada 100 mulheres, havia 96,9 homens. A população brasileira é composta por 97.342.162 mulheres e 93.390.532 homens.

Entre os municípios, o que tinha maior percentual de homens era Balbinos (SP) e de mulheres era Santos (SP). O Censo 2010 apurou ainda que existiam 23.760 brasileiros com mais de 100 anos. Bahia é a unidade da federação a contar com mais brasileiros centenários (3.525), seguida por São Paulo (3.146) e Minas Gerais (2.597).

Levantamento - O Censo Demográfico compreendeu um levantamento de todos os domicílios do País. Foram visitados 67,6 milhões de domicílios e ao menos um morador forneceu informações sobre todos os moradores de cada residência. A partir de 4 de novembro, o IBGE realizou um trabalho de supervisão e controle de qualidade de todo material coletado, em conjunto com as Comissões Censitárias Estaduais e das Comissões Municipais de Geografia e Estatística.

Do total dos domicílios recenseados, os moradores foram entrevistados em 56,5 milhões. Foram classificados como fechados 901 mil domicílios, em que não foi possível realizar as entrevistas presenciais, mas havia evidências de que existiam moradores. Nesses casos, o IBGE utilizou uma metodologia para estimar o número de pessoas residentes nesses domicílios fechados. Esta é uma prática já adotada por países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, México e Nova Zelândia, A metodologia consiste em atribuir a cada domicílio fechado o número de moradores de outro, que havia sido inicialmente considerado fechado e depois foi recenseado. A escolha foi aleatória, levando em conta a unidade da federação, o tamanho da população do município e a situação urbana ou rural.

Os recenseadores percorreram os 5.565 municípios brasileiros e as entrevistas foram realizadas por meio de três métodos: entrevista presencial, questionário pela internet e, por fim, a estimação do número de moradores em domicílios fechados.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Desmatamento na Amazônia cai 14% e alcança menor taxa em 22 anos

A taxa anual de desmatamento da Amazônia, com os números da devastação entre agosto de 2009 e julho de 2010 revela queda de 14% na taxa de desmatamento em relação ao ano passado. O acumulado deve chegar a cerca de 5 mil quilômetros quadrados (km²), a menor taxa desde o início do monitoramento pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes). O sistema utiliza satélites para observação das áreas que sofreram desmatamento total, o chamando corte raso. A área desmatada equivale ao tamanho do Distrito Federal ou a quatro vezes o da cidade de São Paulo.

Em 2009, a Amazônia perdeu 7,6 mil km² de floresta, consolidando a tendência de queda observada pelo Instituto Nasional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desde 2005, depois que a derrubada atingiu pico de 27 mi km² de desmate em 2004.

No entanto, apesar da tendência de queda, o desmatamento na Amazônia tem mudado de perfil. As operações de fiscalização e controle e as medidas de restrição ao crédito para propriedades irregulares conseguiram frear a devastação de grandes áreas de florestas, mas os pequenos desmatamentos estão aumentando em número e se espalhando por regiões até então conservadas.

Nos próximos anos, o combate à derrubada ilegal da floresta vai ter que incorporar novas estratégias, principalmente ligadas à regularização fundiária, para evitar a abertura de novas frentes de desmatamento.

Com a taxa de anual de 6 mil km², o Brasil se aproxima da meta de reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020. Pelo cronograma, assumido em compromisso internacional, daqui a dez anos, o país chegará a uma taxa anual de 3,5 mil km² de desmate. O governo já cogita antecipar o cumprimento da meta para 2016.

Macrozoneamento - No dia 1º foi assinado decreto que institui o Macrozoneamento Econômico Ecológico da Amazônia Legal. O macrozoneamento é um instrumento fundamental para o planejamento e gestão ambiental e territorial, estabelecido na Política Nacional do Meio Ambiente, cujo objetivo é promover um modelo de desenvolvimento sustentável na região amazônica. O plano funciona como um mapa de possibilidades da região, de acordo com as características naturais, vocação econômica e risco à biodiversidade.

Entre outras medidas, o macrozoneamento define áreas prioritárias de conservação, restringe atividades econômicas predatórias, e cria novas diretrizes para a pecuária na região.

As estratégias gerais para a Amazônia Legal são:
- Regularização fundiária
- Criação e fortalecimento das Unidades de Conservação
- Reconhecimento das territorialidades de comunidades tradicionais e povos indígenas e fortalecimento das cadeias de produtos da sociobiodiversidade
- Fortalecimento de uma política de Estado para a pesca e aqüicultura sustentáveis
- Planejamento integrado das redes logísticas
- Organização de pólos industriais
- Mineração e energia com verticalização das cadeias produtivas na região
- Estruturação de uma rede de cidades como sede de processos tecnológicos e produtivos inovadores
- Revolução Científica e tecnológica para a promoção dos usos inteligentes e sustentáveis dos recursos naturais
- Planejamento da expansão e conversão dos sistemas de produção agrícola, com mais produção e mais proteção ambiental
- Conservação e gestão integrada dos recursos hídricos
- Desenvolvimento do turismo em bases sustentáveis
- Redução de gases de efeito estufa provocada pela mudança no uso do solo, desmatamento e queimada

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Estudo mostra que aprender a ler causa mudanças no cérebro

Aprender a ler transforma realidades, insere o indivíduo na sociedade, muda a forma como ele se relaciona com o ambiente. Isso, os pedagogos já sabiam. Mas a leitura é responsável por alterações muito mais profundas: literalmente, ela modifica o cérebro. Uma pesquisa com participação brasileira, incluindo o Distrito Federal, publicada recentemente na edição on-line da revista especializada Science mediu o impacto da alfabetização na mente. Os cientistas constataram que ele é bem maior do que o imaginado. As áreas cerebrais ativadas pelas letras não se restringem à região relacionada à linguagem codificada, mas envolve diversas outras, como os setores da fala e da visão.

Como a escrita é uma atividade recente, comparando-se à idade do homem, o cérebro não tem uma região inata relacionada à leitura. “Temos que fazer uma colagem, utilizar sistemas que já existem”, declarou à agência de notícias AFP Laurent Cohen, do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França (Inserm) e um dos coordenadores do estudo. “Ainda não houve tempo para o órgão formar essa estrutura. Então, o cérebro recicla estruturas antigas para atender às novas demandas culturais”, detalhou Lucia Braga, diretora de pesquisas do Centro Internacional de Neurociências da Rede Sarah, onde foi realizada a parte brasileira do estudo.

Quarenta e um voluntários do entorno do Distrito Federal, incluindo alfabetizados na infância, analfabetos e alfabetizados na idade adulta com diferentes níveis de escolarização, se submeteram a ressonâncias magnéticas funcionais, enquanto tinham seus cérebros mapeados. Durante o exame, que permite visualizar a ativação da atividade cerebral, os participantes recebiam estímulos diversos, como frases e palavras escritas e faladas, imagens de objetos e rostos, e caracteres sem significado semântico. Os cientistas, então, puderam observar a resposta do cérebro de cada grupo de voluntários.

“O resultado é que aprender a ler transforma violentamente as redes neuronais da visão e da linguagem”, diz Lucia. “Quando as pessoas foram expostas às frases escritas, houve um aumento da ativação cerebral na área das palavras.” Entre os analfabetos, não foi constatada a ativação. E, quanto maior a escolaridade, maior a atividade dos neurônios.

“O principal achado da pesquisa, o que nos surpreendeu, foi que os efeitos da leitura no córtex são visíveis tanto nas pessoas alfabetizadas na infância quanto na idade adulta. Então, mesmo quem passou anos da vida sem oportunidade de aprender a ler, quando consegue chegar à escola, tem suas redes cerebrais acionadas exatamente da forma verificada em pessoas alfabetizadas na infância”, explica a neuropesquisadora. “O que vai diferenciar é o nível de escolarização. Quem estudou mais tem maior ativação, mas isso depende menos do fato de a pessoa ter aprendido a ler na infância.”

De acordo com a especialista, o resultado significa que os circuitos da leitura permanecem plásticos durante a vida toda. “Esses resultados demonstram o impacto maciço da educação sobre o cérebro humano. É importante ressaltar que a maioria esmagadora das pesquisas com ressonância magnética funcional cerebral é realizada com cérebro educado, e que a organização cerebral, na ausência de educação, constitui um imenso território amplamente inexplorado”, alerta.

Políticas públicas

Para a médica, que também é presidente e diretora executiva da Rede Sarah, esse resultado tem implicações evidentes para o Brasil. “Se considerarmos que o letramento melhora as respostas do cérebro e redefine a organização cerebral, e que o país tem 14 milhões de analfabetos, é importante pensar como poderíamos mudar essa realidade”, afirma. De acordo com Lucia, conexões mais ágeis levam a uma capacidade maior de funcionamento cerebral. “Essas pessoas podem usar mais seu cérebro e isso terá um grande impacto na vida cotidiana. O estudo poderia ajudar na construção de políticas públicas para alfabetização de adultos”, acredita.

Ainda não se sabe se o fato de o cérebro reciclar estruturas antigas para atender às novas demandas pode ter algum impacto negativo para a mente. “O córtex visual reorganiza-se por meio da competição entre a atividade nova de leitura e as atividades mais antigas de reconhecimento de faces e de objetos. Durante a alfabetização, a resposta às faces diminui levemente à medida que a competência de leitura aumenta na área visual do hemisfério esquerdo, utilizada para reconhecer faces e objetos nos analfabetos”, explica a pesquisadora. “Com isso, observamos que a ativação às faces desloca-se parcialmente para o hemisfério direito. Não se sabe, hoje, se essa competição tem consequências funcionais para o reconhecimento ou a memória de faces.”

5 mil anos

Enquanto o homem moderno tem cerca de 50 mil anos, a escrita começou a se desenvolver há apenas 5 mil anos, em diversas regiões independentes, como a China e a Mesopotâmia (hoje, o Iraque). Os pesquisadores acreditam que as formas mais antigas da escrita são a cuneiforme e os hieróglifos.

Fonte: Jornal Correio Braziliense

As Fronteiras da Consciência (The Frontiers of Consciousness) legendado

Postmodern Times é um projeto de produção e divulgação gratuita de curta-metragens. São documentários que apresentam novas idéias sobre consciência global e técnicas de transformação social e ecológica.

Neste episódio eles entrevistam o presidente do Instituto de Ciências Neoéticas, James O’Dea. Ele dedicou sua vida a estudar os efeitos de traumas numa escala individual e coletiva. Desde seus primeiros anos na Anistia Internacional ele tem mostrado sua devoção ao alívio da dor e do sofrimento entre grupos opostos. Como chefe do IONS, sua prática permeia todo o programa e enfatiza a relação direta do estudo da consciência com a importância da compaixão.

Fonte: http://sebastianvalle.wordpress.com/



Tropa de Elite 2

Assista já


Tropa de Elite 2, de José Padilha, já atingiu 10 milhões de espectadores e é o filme nacional mais visto do ano.

O objetivo é ultrapassar a marca recorde de Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), o atual filme brasileiro mais visto de todos os tempos, com 10 milhões e 700 mil espectadores.

Mas quem quiser interagir com o filme, é só curtir uma temporada de férias no Rio de Janeiro – onde as facções criminosas, até pouco tempo toleradas informalmente pelo governo do Estado, dão seu show de terrorismo na Guerra Psicológica contra os cidadãos.

Fonte: Alerta Total

Índice da felicidade não é para rir: é coisa séria

Por ter um toque de novidade, o direito à felicidade ainda dá margem a ironias. Principalmente no Brasil, onde ela passa a ser obrigação do Estado. Por Cláudio Carneiro

Não são poucos os que deixam escapar um sorriso quando ouvem falar num índice criado no longínquo Butão que mede a Felicidade Interna Bruta (FIB). Talvez por ter um toque de novidade, o direito à felicidade ainda dá margem a ironias e desconfianças — principalmente no Brasil, onde a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou, no dia 11 deste mês, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Felicidade que altera a redação do artigo 6 que deverá incluir o vocábulo “felicidade” entre as obrigações do Estado de prover os direitos básicos de todos nós, cidadãos.

A nova redação — se aprovada em plenário — alterará uma única linha do artigo que diz “são direitos sociais, essenciais à busca pela felicidade, a saúde, a educação, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados”. Não cabe acreditar que todas as nossas tristezas serão varridas para bem longe, uma vez que a mesma constituição não nos assegura hospitais minimamente limpos e confortáveis, nossas escolas públicas vão de mal a pior, milhares de pessoas dormem em nossas ruas e a fome e o desemprego grassam sob nossos narizes.

Já estamos carecas de saber que o estado não cumpre sua parte de atender às demandas mínimas da população. Mas as políticas públicas precisam ter a felicidade como meta ou referência. Países desenvolvidos e instituições respeitadas perceberam a seriedade e a importância de perseguir a felicidade.

Ao avaliar a “riqueza” do país pelo FIB — e não pelo PIB — o pequeno, gelado e montanhoso país budista deu um salto em seus indicadores sociais, transformando-se num laboratório de gestão e gestação de um novo conceito de bem-estar. Embora o Canadá tenha sido o primeiro país ocidental a adotá-lo, o interesse pelo FIB corre o mundo e instituições como a ONU e o Banco Mundial estão interessados em torná-lo um índice internacional.

Dinheiro não traz felicidade?

Para muitos, a felicidade pode estar atrelada ao padrão econômico, mas a metodologia de medição do FIB é complexa e percorre a subjetividade do ser humano em questões como saúde cultural, emocional, mental e social e ainda espiritualidade, prazer e liberdade. Uma única entrevista para avaliar o FIB de um butanês pode durar oito horas.

O coordenador do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas foi um dos primeiros a se interessar pelo FIB no Brasil. No final de 2008, Marcelo Neri levantou — com base em pesquisa Gallup — que, numa escala de zero a dez, o brasileiro tem nota 8,78 no índice de felicidade futura. Somos mais felizes e otimistas que os dinamarqueses (8,51). Pior situação vive o Zimbábue (4,04). Para obter esses números foram feitas 150 mil entrevistas em 132 países.

Já no item felicidade atual, despencamos para a 22ª posição, com 6,77 pontos. Felizes são os dinamarqueses: 8,02. Ao apresentar os dados do estudo, Marcelo Neri comentou: “O dinheiro traz felicidade em boa medida. Se dobrar a renda, a felicidade cresce 15%”. Já a desigualdade é inversamente proporcional à felicidade. Mesmo considerando o trabalho inteiramente empírico, Neri avaliou que “diminuir a desigualdade na educação e proporcionar trabalho para o jovem pode influir no índice de felicidade futura”.

Presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), Luciano Borges lembra que países como Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão reconhecem a felicidade como direito de cada cidadão e da sociedade e que, no caso coreano, é dever do estado assegurar essa prerrogativa. Em recente artigo, ele destaca que, no cenário brasileiro, o novo texto constitucional “pode reforçar o compromisso do Estado brasileiro com os valores mais caros à existência humana, daí a importância de estarem preservados por força constitucional, permitindo maior concretização ao princípio da dignidade da pessoa humana”.



Fonte:  http://opiniaoenoticia.com.br/

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Arquivo Público vai integrar programa da Unesco

Enfim, uma boa notícia dos registros das informações no Estado do Pará....

No próximo dia 1º de dezembro, o acervo do Arquivo Público do Pará será reconhecido pelo Ministério da Cultura, em solenidade realizada na cidade do Rio de Janeiro, como integrante do Comitê Nacional do Brasil ao Programa Memória do Mundo da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Segundo o diretor do Arquivo Público do Pará, João Lúcio Mazzini, o reconhecimento não é apenas institucional, mas principalmente a um projeto de salvamento de documentação importante para entender a ocupação da Amazônia. "Podemos ser reconhecidos como patrimônio documental do mundo", afirmou.

Os documentos, informou Mazzini, "mostram a influência portuguesa em todos os conhecimentos humanos na região, incluindo política e cultura, trazendo importantes contribuições sobre como se deu o encontro da cultura portuguesa com as nações indígenas".

CENTENÁRIO

O Arquivo Público do Estado do Pará (Apep), localizado no bairro da Campina, em Belém, é um orgão centenário, vinculado à Diretoria de Patrimônio (Dpat), da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). É responsável pelo recolhimento de toda documentação administrativa do Estado do Pará, conforme o Decreto nº 5.961, de 17 de fevereiro de 1989.

Atualmente, o Apep conta com um acervo superior a 4 milhões de documentos, entre manuscritos, impressos e iconográficos (arquitetônicos, astronômicos, armamentos, mapas hidrográficos, populacionais etc).

O acervo formou-se a partir da incorporação de documentos da antiga Secretaria da Capitania do Governo ao da Biblioteca Pública do Estado do Pará, em 1894. Toda a documentação é referente às correspondências oficiais do antigo Estado do Grão-Pará, Maranhão e Rio Negro e toda a área de abrangência da Amazônia brasileira e suas fronteiras.

O Arquivo Público desenvolve periodicamente ações visando a divulgação de seus fundos, séries e coleções especiais. São cursos, seminários e exposições que se destinam a ampliar o número de usuários, oferecendo um esclarecimento maior sobre as pesquisas em andamento ou já concluídas, e que se utilizaram do acervo da instituição.

Fonte : Secretaria de Estado de Cultura

O Miosótis: a flor que iluminou a obscuridade

No início de 1934, logo após a ascensão de Adolf Hitler ao poder, ficou claro que a maçonaria alemã corria o risco de desaparecer.

Em breve, a maçonaria alemã, que conhecera dias glorioso e que tivera, em suas colunas, os mais ilustres filhos da pátria alemã, como Goethe, Schiller e Lessing, veria esmagado o espírito da liberdade sob o pretexto de impor a ordem e uma estúpida supremacia racial

Quanto retrocesso desde que Friedrich Wilhelm III, Rei da Prússia, em 1822, impediu que os esbirros reacionários da Santa Aliança de Metternich fechassem as Lojas Maçônicas, declarando peremtoriamente que poderia descrever os Franco-maçons prussianos, com toda a honestidade, como sendo os melhores dentre os seus súditos…

As Lojas alemãs, na terceira década do século XX, estavam jurisdicionadas a onze Grande Lojas, divididas em duas tendências.

O primeiro grupo, de tendência humanista, seguindo os antigos costumes ingleses, tinha como base a tolerância, valorizando o candidato por seus méritos e não levando em consideração sua crença religiosa.

Constava de sete Grandes Lojas: Grande Loja de Hamburgo; Grande Loja Nacional da Saxônia, em Dresden: Grande Loja do Sol, de Bayreuth; Grande Loja-Mãe da União Eclética dos Franco-Maçons, em Frankfurt; Grande Loja Concórdia, em Darmstadt; Grande Loja Corrente Fraternal Alemã, em Leipzig; e a Grande Loja Simbólica da Alemanha.

O segundo grupo consistia das três antigas Lojas prussianas, que faziam a exigência de que os candidatos fossem cristãos. Havia ainda a Grande Loja União Maçônica do Sol Nascente, não considerada regular, mas que também tinha tendências humanistas e pacifistas.


Voltando a 1934, a Grande Loja Alemã do Sol se deu conta do grave perigo que iria enfrentar. Inevitavelmente, os maçons alemães estavam partindo para a clandestinidade, devido à radicalização política e ao nacionalismo exacerbado.

Muitos adormeceram e alguns romperam com a tradição, formando uma espúria Franco-Maçonaria Nacional Alemã Cristã, sem qualquer conexão com o restante da Franco-Maçonaria. Declaravam eles abandonarem a idéia da universalidade maçônica e rejeitar a ideologia pacifista, que consideravam como demonstração de fraqueza e como uma degeneração fisiológica contrária aos interesses do estado!

Os maçons que persistiram em seus ideais precisaram encontrar um novo meio de identificação que não o óbvio Esquadro e Compasso, seguramente um risco de vida.

O Miosótis

Há uma pequenina flor azul que é conhecida, em muitos idiomas, pela mesma expressão: não-me-esqueças – o miosótis. Entenderam, nossos irmãos alemães, que esse novo emblema não atrairia a atenção dos nazistas, então a ponto de fechar-lhes as Lojas e confiscar-lhes as propriedades.

Vergissmeinnicht, em alemão; forget-me-not, em inglês; forglemmigef em dinamarquês; ne m’oubliez pás, em francês; non-ti-scordar-di-me, em italiano; não-te-esqueças-de-mim, em português.
Diz a lenda que Deus assim chamou a florzinha porque ela não conseguia recorda-se do próprio nome. O nome miosótis (Myosotis palustris) significa orelha de camundongo, por causa do formato das pétalas.

O folclore europeu atribui poderes mágicos ao miosótis, como o de abrir as portas invisíveis dos tesouros do mundo. O tamanho reduzido das flores parece sugerir que a humildade e a união estão acima dos interesses materiais, porque é notada principalmente quando, em conjunto, forma buquês no jardim.

De acordo com uma velha tradição romântica alemã, o nome da flor está relacionado às últimas palavras de um cavaleiro errante que, ao tentar alcançar a flor para sua dama, caíra no rio, com sua pesada armadura e afogara-se.

Outra história contada por ele diz que Adão, ao dar nomes às plantas do Jardim do Éden, não viu a pequena flor azul. Mais tarde, percorrendo o jardim para saber se os nomes tinham sido aceitos, chamou-as pelo nome. Elas curvaram-se cortesmente e sussurravam sua aprovação. Mas uma voz delicada a seus pés perguntou:
“- E eu, Adão, qual o meu nome?”

Impressionada com a beleza singela da flor e para compensar seu esquecimento, Adão falou:
“ – Como eu me esqueci de você antes, digo que vou chama-la de modo a nunca mais esquecê-la. Seu nome será não-te-esqueças-de-mim.”

Através de todo o período negro do nazismo, a pequenina flor azul identificava um Irmão. Nas cidades e até mesmo nos campos de concentração, o miosótis adornava a lapela daqueles que se recusavam a permitir que a Luz se extinguisse.

O miosótis como símbolo foi objeto de um interessante estudo. Se conta, também, que muitos maçons recolheram e guardaram zelosamente jóias, paramentos e registros das Lojas, na esperança de dias melhores. O irmão Rudolf Martin Kaiser, VM da Loja Leopold zur Treue, de Karlsruhe, quebrou a jóia do Venerável Mestre em pequenos pedaços de tal modo que não pudesse ser reconhecida pela infame Gestapo.

Em 1945, o nazismo, com seu credo de ódio, preconceito e opressão, que exterminara, entre outros, também muitos maçons, era atirado no lixo da História. Nas fileiras vitoriosas que ajudaram a derrotá-lo, estavam muitos maçons – ingleses, americanos, franceses, dinamarqueses, tchecos, poloneses, australianos, canadenses, neozelandeses e brasileiros. De monarcas, presidentes e comandantes aos mais humildes pracinhas.

Mas, entre os alemães, alguns velhos maçons também sobreviveram, seu sofrimento ajudando a redimir, de alguma forma, a memória da histeria coletiva nazista. Eles eram o penhor da consciência alemã, a demonstração de que a velha chama da civilização alemã continuara, embora com luz tênue, a brilhar durante a barbárie.

Em 14 de junho de 1954, a Grande Loja O Sol (Zur Sonne) foi reaberta, em Bayreuth, sob um ilustre irmão o Dr. Theo Vogel, núcleo da Grande Loja Unida da Alemanha (VGLvD, AF&AM). Nesse momento, o miosótis foi aprovado como emblema oficial da primeira convenção anual, realizada por aqueles que conseguiram sobreviver aos anos amargos do obscurantismo. Nessa convenção, a flor foi adotada, oficialmente, como um emblema Maçônico, em honra àqueles valentes Irmãos que enfrentaram circunstâncias tão adversas.

Certamente, na platéia, estava o Venerável Mestre da Loja Leopold ZurTreue, agora nº 151, ostentando orgulhoso sua jóia recuperada e reconstituída, suas emendas de solda constituindo-se num testemunho mudo e comovente da história.

Finalmente, para coroar, quando Grão-Mestres de todo o mundo encontraram-se nos Estados Unidos, o Grão-Mestre da recém formada Grande Loja Unida da Alemanha presenteou a todos os representantes das Grandes Jurisdições ali presente com um pequeno miosótis para colocar na lapela.

O miosótis também é associado com as forças britânicas que serviram na Alemanha, em especial na região do Rio Reno, logo após a guerra. Há uma Loja, jurisdicionada à Grande Loja Unida da Inglaterra, a Forget-me-not Lodge nº 9035, Ludgershall, Wiltshire, que adotou a flor como emblema. Foi formada especialmente para receber os militares ingleses que retornavam do serviço na Alemanha.
O uso do miosótis como identificação secreta pelos Maçons alemães foi contestado, sem entretanto, apresentar os motivos da negativa.

Além disso, há anos que casas especializada em paramentos maçônicos, exibem o miosótis em gravatas, alfinetes de lapela e pendantis, em prata, ouro e bijuteria. Por que o fariam, se o miosótis não fosse importante?

Foi assim que essa mimosa florzinha azul, tão despretensiosa, transformou-se num significativo emblema da Fraternidade – talvez hoje o mais usado pelos maçons alemães.

Ainda hoje, na maioria das Lojas germânicas, o alfinete de lapela com o miosótis é dado aos novos Mestres, ocasião em que se explica o seu significado para que se perpetue uma história de honra e amor frente à adversidade, um exemplo para as futuras gerações Maçônicas de todas as nações.


CAÇADAS DE PEDRINHO.: em nome do bem se faz muito mal

Apenas entre agosto e outubro deste ano foram três tentativas de censurar a literatura. Três que se tornaram conhecidas, podem ter ocorrido outras. A mais rumorosa delas foi o parecer do Conselho Nacional de Educação recomendando que o livro “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato, fosse banido das escolas públicas. Ou apresentasse notas explicativas alertando sobre a presença de “estereótipos raciais”. Os membros do CNE viram racismo na forma como a personagem Tia Nastácia é tratada no livro. Dois meses antes, em agosto, pais de estudantes do ensino médio da rede pública de Jundiaí, no interior de São Paulo, protestaram contra o uso do livro “Cem Melhores Contos Brasileiros do Século”. Segundo eles, o conto “Obscenidades para uma dona de casa”, de Ignácio de Loyola Brandão, usa “linguagem chula” para descrever atos sexuais narrados em cartas recebidas por uma dona de casa. Ainda em agosto, mais uma polêmica. Desta vez por causa do livro “Teresa, Que Esperava as Uvas”, de Monique Revillion, também destinado ao ensino médio. No conto “Os primeiros que chegaram” a autora descreve um sequestro com estupro e assassinato.

É bastante diferente quando a tentativa de censurar a literatura parte de pais ou pedagogos – indivíduos, portanto – e quando é encampada por um órgão que tem a tarefa de pensar a educação brasileira e ajudar a aprimorá-la com suas análises e recomendações. A má qualidade da educação na rede pública, como todos sabemos, é uma das maiores, senão a maior tragédia nacional. Entre as causas da indigência educacional brasileira está o fato de que os brasileiros leem pouco ou nada leem. Boa parte deles porque não tem acesso a bibliotecas, triste realidade que os programas governamentais têm tentado mudar com menos empenho do que seria necessário.


Quando soube das tentativas de censura, minha primeira reação foi rir. Era tão absurdo que parecia mesmo piada. Percebi então que enquanto nós rimos, eles proíbem. Esta última polêmica atingiu uma repercussão tão grande, capaz de fazer o ministro Fernando Haddad manifestar-se pedindo uma revisão do parecer, apenas por tratar-se de Monteiro Lobato, um autor consagrado. Quem teve a sorte de conhecer Tia Nastácia, Dona Benta, Pedrinho, Narizinho, Emília e todos os habitantes do Sítio do Picapau Amarelo deve ao autor uma das partes mais saborosas de sua infância. Tão deliciosa quanto os bolinhos da Tia Nastácia, aliás. Nos outros dois casos, os protestos e a repercussão tiveram um volume menor.

É assim que o autoritarismo vai se insinuando em nossas vidas, pelas bordas. Vai nos comendo aos poucos e um dia se instala em nosso cotidiano como se fosse um dado da natureza. Acontece quando a equipe responsável pela seleção dos livros depara com um conteúdo que já provocou polêmica antes e, para se poupar de problemas, acaba optando por uma obra mais palatável. Pronto, o livro em questão, apesar de sua reconhecida qualidade, jamais chegará às bibliotecas. Ou quando o professor na sala de aula, que já é criticado por quase tudo, prefere abster-se do risco. Em vez de escolher o melhor livro, opta por aquele que não causará a reação raivosa de nenhum pai ou mesmo uma discussão acalorada na classe. Pronto, os alunos só terão acesso a textos que nada provocam. Ou ainda quando algum escritor começa a se policiar nos termos que usa e nos temas que aborda para ter alguma chance de ser selecionado pelos programas de governo. É assim, muito mais pelo que não é dito, pelos caminhos subjetivos, que a vida se empobrece e o controle se instaura.

A História nos mostra que censurar livros e controlar o que é escrito estão entre os primeiros atos de regimes autoritários. Vale a pena revisitar a obra de Ray Bradbury, “Fahrenheit 451”, um pequeno livro essencial que possivelmente o CNE não aprovaria.

Nas democracias, o autoritarismo costuma vir embalado no discurso do bem. Que é, de longe, o mais insidioso e difícil de identificar. Se o CNE afirma que Tia Nastácia é tratada de modo preconceituoso, como vamos nos posicionar contra a eliminação de algo tão abjeto como o racismo sem nos sentirmos boçais? Só mesmo porque o autor se chama Monteiro Lobato. Mas e se fosse um escritor menos conhecido, ainda que brilhante? Será que tantos teriam a coragem de defender a sua obra?

É preciso dizer que o CNE nega ter cometido qualquer ato de censura da obra de Monteiro Lobato. Ele apenas “recomenda” que todas as obras com “preconceitos e estereótipos”, como “Caçadas de Pedrinho”, não sejam compradas nem distribuídas pelos governos. Para o CNE, isto não é banimento. No caso de clássicos como os livros de Monteiro Lobato, se insistirem em usá-los nas salas de aula, o CNE sugere que seja feita uma nota explicativa alertando para seus pecados. Interpretar esta recomendação bem intencionada como uma tentativa de censura seria apenas mais uma das incontáveis “manipulações da imprensa”.

Entre os argumentos utilizados para defender o parecer está o de que os professores da rede pública não teriam preparo para discutir uma questão complexa como o racismo. Ou para contextualizar a época de Monteiro Lobato assim como o Brasil que ele retrata. Surpreende-me que nenhum professor tenha se manifestado contra uma generalização que poderia ser interpretada como preconceito. Mas, supondo por um momento que esta afirmação esteja correta, a saída seria banir todos os conteúdos que hoje são mal trabalhados nas salas de aula, de Monteiro Lobato à equação de segundo grau?

Neste mesmo rumo, acreditar que as crianças, por lerem “Caçadas de Pedrinho”, começariam a discriminar os negros nas ruas é no mínimo subestimá-las. É preocupante perceber que pessoas responsáveis por pensar e aprimorar a educação brasileira possam enxergar as crianças como meros receptáculos, vazios e passivos, sem capacidade de fazer relações, inferências e mediações. Se aceitarmos o argumento de que Tia Nastácia tem um tratamento racista na obra, sob os olhos de hoje e não da época de Monteiro Lobato, a atitude de um bom educador deveria ser a de calar as contradições e eliminar a oportunidade de debate?

Eu, que tive a sorte de ler toda a obra de Monteiro Lobato entre os 8 e os 9 anos e incrivelmente não me tornei racista, gostaria de dizer aos membros do CNE que mesmo a sua interpretação da personagem Tia Nastácia é pobre. Bem pobre. Mas a Academia Brasileira de Letras disse isso de uma forma muito melhor do que eu faria. Transcrevo aqui parte da manifestação da ABL, contrária ao parecer do CNE:

“Um bom leitor de Monteiro Lobato sabe que tia Nastácia encarna a divindade criadora, dentro do sítio do Picapau Amarelo. Ela é quem cria Emília, de uns trapos. Ela é quem cria o Visconde, de uma espiga de milho. Ela é quem cria João Faz-de-conta, de um pedaço de pau. Ela é quem “cura” os personagens com suas costuras ou remendos. Ela é quem conta as histórias tradicionais, quem faz os bolinhos. Ela é a escolhida para ficar no céu com São Jorge. Se há quem se refira a ela como ex-escrava e negra, é porque essa era a cor dela e essa era a realidade dos afrodescendentes no Brasil dessa época. Não é um insulto, é a triste constatação de uma vergonhosa realidade histórica.

Em vez de proibir as crianças de saber disso, seria muito melhor que os responsáveis pela educação estimulassem uma leitura crítica por parte dos alunos. Mostrassem como nascem e se constroem preconceitos, se acharem que é o caso. Sugerissem que se pesquise a herança dessas atitudes na sociedade contemporânea, se quiserem. Propusessem que se analise a legislação que busca coibir tais práticas. Ou o que mais a criatividade pedagógica indicar.

Mas para tal, é necessário que os professores e os formuladores de políticas educacionais tenham lido a obra infantil de Lobato e estejam familiarizados com ela. Então saberiam que esses livros são motivo de orgulho para uma cultura. E que muito poucos personagens de livros infantis pelo mundo afora são dotados da irreverência de Emília ou de sua independência de pensamento. Raros autores estimulam tanto os leitores a pensar por conta própria quanto Lobato, inclusive para discordar dele. Dispensá-lo sumariamente é um desperdício.

A obra de Monteiro Lobato, em sua Integridade, faz parte do patrimônio cultural brasileiro”.

A única parte boa desta tentativa de censura foi me dar uma excelente desculpa para reler “Caçadas de Pedrinho” (Editora Globo) aos 44 anos e renovar minha gratidão a Monteiro Lobato pelo tanto de imaginação que me deu. Assim como comprar “Os cem melhores contos brasileiros” (Objetiva) para ler o texto de Ignácio de Loyola Brandão que provocou furor no interior de São Paulo. E de quebra ler Clarice Lispector, Graciliano Ramos, Machado de Assis, Mário de Andrade, Nélida Piñon, Lygia Fagundes Telles, Hilda Hilst, Carlos Drummond de Andrade, Raduan Nassar, Moacyr Scliar, Caio Fernando Abreu, João Ubaldo Ribeiro e todos os grandes da literatura brasileira que fazem parte da coletânea. Banir tal livro das escolas? Por favor, não!

O conto de Ignácio de Loyola Brandão é excelente. Ótimo mesmo. Quando li a notícia de que alguns pais e estudantes queriam proibi-lo por usar “linguagem chula” na descrição de atos sexuais, estranhei. Afinal, tratava-se de adolescentes do terceiro ano do ensino médio, na faixa dos 17 anos. Neste mundo. Nesta época. Será que não seriam capazes de lidar com isso? Parece-me que, se não conseguem lidar com isso, então sim temos um problema.

Foi só ao ler o conto que formulei minha própria hipótese sobre a razão de tanto incômodo. Eu arriscaria dizer que o que pode ter perturbado estes pais e estes filhos é uma outra realidade que o conto desnuda, esta sem “linguagem chula”, com a qual muitos podem se identificar. Quem ler o conto, talvez concorde comigo. É verdade que é sempre mais fácil proibir aquilo que nos produz incômodo do que olhar para dentro e tentar compreender com honestidade os nossos porquês. Perturbar, incomodar e até transtornar o leitor, em minha opinião, são qualidades num texto.

Não encontrei o “Teresa, que esperava as uvas” (Geração Editorial), de Monique Revillion. Infelizmente. Pelo que li nos jornais, o conto da discórdia chocava pela crueza da descrição da violência. De novo, o livro era usado como material de apoio para estudantes do ensino médio, com idades a partir de 15 anos. Houve quem acreditasse, com bastante estardalhaço, que os adolescentes não seriam capazes de lidar com temas como a violência urbana e a sexual. Não compreendo como não ocorreu a estas mentes privilegiadas proibir logo todo o noticiário, que nem mesmo pode alegar em sua defesa que é ficção. Que os jornais e revistas sejam vendidos nos fundos das bancas, junto com os filmes pornôs.

Tudo isso – sempre – em nome do bem. Com as melhores intenções.

Sou filha de professores de português e literatura que dedicaram boa parte da vida a dar aulas na rede pública. Meus pais, que me ensinaram a amar os livros, se esforçaram muito para que tivéssemos uma biblioteca em casa. Na minha família as roupas eram remendadas e herdadas dos primos mais velhos. Se sobrava algum dinheiro era sempre para livros, para a educação. Numa cidade pobre em bibliotecas e com bibliotecas pobres, a nossa era uma das melhores. E foi lá que amigos meus e de meus irmãos, assim como alunos dos meus pais, se serviam livremente das letras. Volta e meia encontro alguém que me interrompe o passo na rua para me dizer que a biblioteca da minha casa foi fundamental na sua vida.

Devo a esta lucidez e a esta biblioteca boa parte do que sou e consegui fazer de mim. Assim como a Lili Lohmann, a moça da livraria cuja história já contei aqui. Nunca, em nenhum momento, nem meus pais nem Lili dificultaram o acesso a um livro. Eu lia o que bem entendia porque eles sabiam que esta busca pertencia a mim, era determinada pelos meus anseios e pelos meus incômodos, pela minha curiosidade que só aumentava. A viagem da literatura é talvez a travessia mais fascinante, importante e – ainda bem – sem fim da minha vida.

Eu era criança e já intuía que a literatura era o território do indizível. Nela cabia tudo o que era humano. Mesmo o feio, o brutal. Mesmo a covardia, a inveja, os sentimentos todos que a gente prefere dizer que não sente. A literatura, como as várias manifestações da arte, é o não-lugar geográfico onde podemos lidar com nossos demônios sem que eles nos devorem. A literatura só é literatura se incontrolável.

Tenho medo que os bem intencionados do politicamente correto inventem a maior ficção de todas, que é um homem sem conflitos, sem pequenezas e sem contradições. E então a literatura, que não será mais literatura porque deixará de estar encarnada na vida, ficará reduzida a uma casca vazia e sem ressonância onde não nos reconheceremos. Porque se estes iluminados se decidirem a revisar a literatura sob a ótica do que é politicamente correto nesta época, podem começar a alimentar sua fogueira com a Odisséia de Homero. E dali em diante não sobra nada. Em sua sanha não devem se esquecer de incluir a Bíblia – aliás, como ainda não pensaram nisso?

É sério, muito sério. E nenhum de nós deve se omitir quando tentarem arrancar o cachimbo do Saci Pererê ou submeter as bruxas dos contos de fadas a um tratamento a laser para eliminação das verrugas. Sobre isso sugiro ler “Saci sem cachimbo, lobo sem dentes e gente sem pensamento”. Percebam bem quantos absurdos nos assediam, nas mais variadas instâncias, em nome do bem. Estamos conseguindo resistir, mais ou menos, e até colecionamos algumas vitórias parciais, como a reversão da censura ao humor nestas eleições. Mas é preciso se manter vigilante nesta luta de resistência.

Não sei o que pensam vocês. Mas eu, quando vejo aquelas pessoas com seu par de olhos angelicais, anunciando que ainda que seja contra a minha vontade estão fazendo o que fazem para o meu bem, não hesito. Corro.

Fonte: Revista Época

sábado, 20 de novembro de 2010

Assim Falou Zaratustra

Friedrich Nietzsche ( 1844 – 1900)

Se desenharmos um Diagrama  de Venn dos Filósofos, Nietzsche ocupará uma estranha posição na interseção das áreas: a dos filósofos que são alemães, não convencionais, influentes, ultrajantes, difíceis e incrivelmente legíveis. Ele é toda essas coisas, mas é o fato de ser um excelente estilista que explica grande parte da constante atração por seus escritos.
Quando analisando seu maior trabalho Assim Falou Zaratustra, Nietzsche afirma que o mesmo  contem toda sua filosofia.
O livro começa como Zaratustra, uma espécie de profeta, meditando no topo de uma montanha. Ele passou dez anos em isolamento e reflexão, na companhia apenas de sua águia, símbolo do orgulho, e de sua serpente, símbolo da sabedoria. Ele decide descer da montanha e ensinar a sabedoria que conseguiu adquirir. Zaratustra, então, encontra um santo, vários habitantes da cidade, um equilibrista de corda bamba, e por fim um asno que parece ser objeto de adoração de algumas pessoas humildes e confusas.
Zaratustra conversa algumas vezes com aqueles que os cercam e a outras consigo mesmo, mas, não importa quem ele encontre, ninguém está  preparado para suas informações.
O que o livro analisa na primeira parte que traz a idéia de que os indivíduos  não podem esperar nesta vida nenhuma ajuda de Deus ou sobrenatural; em um sentido literal, nossos destinos estão em nossas próprias mãos. A segunda parte dá inicio à abordagem de  Nietzsche ao Super-Homem, bem como à vontade de poder. A terceira engloba uma discussão sobre o eterno retorno. E a última o entendimento de que apenas um parte de aceitação dos ensinamentos de Zaratustra são compreendidos....
Vale a pena ler o Livro: Assim Falou Zaratustra