sábado, 25 de dezembro de 2010

Leviatã: Thomas Hobbes ( 1588 -1679)

De acordo com uma história sobre o qual muitos fazem alarde, Hobbes nasceu prematuro quando sua mãe, assustada por escutar nos noticiários que a Armada Espanhola estava se aproximando, entrou em trabalho de parto. " O medo e eu nascemos gêmeos", disse ele. Certamente, o medo possui um papel central na grande obra de Hobbes, Leviatã, mas se isso se deve à psicologia de Hobbes ou à psicologia humana em geral é outro assunto, que deixamos para os biógrafos.

O que é óbvio, contudo, é que Leviatã marca, na prática, um rompimento com todo pensamento político anterior a ele, pensamento que depende de considerações religiosas. Alguns sustentam que Hobbes era um ateu disfarçado. De fato, o parlamento inglês investigou a possibilidade de que o Grande incêndio de Londres tinha sido uma retribuição divina aos escritos blasfemos de Hobbes. Eles pensaram que Hobbes pudesse ter irritado Deus e de fato insistiram que parasse de publicar, só por precaução. Seja como for, é verdade que sua concepção de obrigação política é arraigada não na vontade divina, mas na razão. Isso não significa que a religião seja ignorada no Livro: partes extensas da obra são dedicadas á justificação teológica de conclusões alcançadas alhures. Mas a autoridade das escrituras fica atrás da racionalidade em Leviatã, e é nessas páginas que a Filosofia é reconhecida como política surge para o mundo.

Sugestão de Leitura: Uma introdução aos vinte melhores Livros de Filosofia - James Garvey - Série Rosari 

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