quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

História Universal da Destruição dos Livros - Das Tábuas Sumérias à Guerra do Iraque


Sinopse:


Desde que surgiram as primeiras formas de livros na Suméria, o homem empreendeu uma verdadeira saga que reduziria em cinzas um número incalculável de obras. Medo, ódio, soberba, intolerância e sede de poder são o que sempre motivaram os biblioclastas, cuja intenção na verdade nunca foi simplesmente destruir o objeto em si, mas o que este representava: o vínculo com a memória, o patrimônio de idéias de toda uma civilização.

História Universal da Destruição dos Livros é o resultado de um estudo de 12 anos, em que Báez nos oferece uma visão aterradora da devastação sistemática, que se inicia no Mundo Antigo, passando pela Inquisição e tempos das conquistas, até a catástrofe mais recente: a destruição de um milhão de livros no Iraque como conseqüência de uma guerra absurda. Para o autor, trata-se de mais uma manifestação da inexorável necessidade de impor uma cultura sobre a outra.

Mais do que um levantamento minucioso dos prejuízos, esta obra denuncia os crimes cuja maior vítima é a própria humanidade, pois "onde queimam livros, acabam queimando homens", assim disse o poeta alemão Heinrich Heine.

Prólogo

Incêndios, enchentes, terremotos. Guerras e regimes autoritários causaram a morte de milhões de pessoas. Mas nesta notável obra temos a chance de conhecer uma história nunca antes contada de forma tão minuciosa: a da destruição de livros. O autor venezuelano Fernando Báez nos leva de volta ao Mundo Antigo para acompanhar, desde o início, a trajetória dessa prática que teve entre seus adeptos não só homens ignorantes ou perversos, mas também grandes filósofos, eruditos e escritores, como Descartes, Platão e Heidegger. Alguns porque acreditavam que, eliminando os vestígios do pensamento de uma determinada época, estariam promovendo a superação do conhecimento humano. Outros, mais modestos, lançavam ao fogo suas obras simplesmente por vergonha do que haviam escrito.

No entanto, os principais destruidores de livros sempre tiveram como maior motivação o desejo de aniquilar o pensamento livre. Os conquistadores atribuíam à queima da biblioteca do inimigo a consagração de sua vitória.E assim o autor nos conduz através dos tempos e pelos mais diversos continentes para refazer o percurso dessa pesquisa dolorosa, mas que ironicamente ameniza o nosso sofrimento. Afinal, ao remontar à perda de incontáveis obras, idéias, conhecimentos e memórias, é possível reconstruir lendas e mistérios que envolveram essa história de horror que parece não ter chegado ao fim.

Em 2003, a guerra levou à extinção mais de 1 milhão de livros e 10 milhões de documentos da Biblioteca Nacional do Iraque, berço da Civilização Ocidental. Inertes, assistimos em tempo real a um verdadeiro genocídio cultural, cujas conseqüências para as próximas gerações serão irreparáveis.

Editora: Ediouro - 2004

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