terça-feira, 12 de julho de 2011

Eleições nos Municípios Paraenses 2012: algumas considerações para o debate




Por Márcio Marcos Soares Ramos
     João Batista Quaresma


Faltando menos de três semestres para as eleições municipais de 2012 e alguns meses para o plebiscito do sim ou não para o "esquartejamento do Estado do Pará" e sabedores que o pano de fundo é nada mais é que a busca do poder político dessas regiões...

Elencamos algumas observações que consideramos pertinentes nas eleições municipais de 2012. Em relação à divisão ou não do Estado, estamos na espera de dados mais consistentes para posterior postagem sobre o tema.

A Primeira:  a mudança com transformação nas relações vigentes no município

Toda eleição é vista, fundamentalmente, do ponto de vista do pragmatismo do eleitor, da composição do eleitorado, e sua percepção ou não por mudança. Em populações onde o perfil político-econômico-social está associado a componentes "tradicionais" de curral ou feudo eleitoral, ou ainda de não-tradição de partidos mais a esquerda, é preciso entender em cada caso particular esse fenômeno. É preciso criar uma proposta de mudança que consulte as bases e construa uma proposta que seja ao mesmo tempo crível/ realizavel e capaz de alterar as relações vigentes no município.

A Segunda: a comunidade como protagonista do processo

Grandes mudanças numa prefeitura nascem não apenas de grandes projetos ou de ações em grande escala. Existem questões que todo aquele cidadão que fosse prefeito "nem que fosse por um dia" seria capaz de fazê-lo, então existem questões importantes, que podem e devem ser empreendidas, e em muitos casos/situações poderiam ter sido feitas pelos diversos prefeitos que um município teve, mas ninguém teve coragem/ousadia ou a percepção para implementar. E  nada melhor que consultar a comunidade para levantar essas demandas, pois ninguém conhece uma comunidade para fazer isso que a própria .

A Terceira: combinar e ouvir o eleitor

 Um projeto mais progressista e/ou mais à esquerda não pode nascer de um grupo de intelectuais sentados numa mesa de reunião, pois o conhecimento técnico deveria ser a materialização do desejo popular e não o contrário. E dessa aproximação partido-base, nascem vínculos de apoio naturalmente consolidados na responsabilidade compartilhada de um projeto de município construído por todos.

 A Quarta: entendimento da inconstância do eleitorado 

 Por melhores que sejam as intenções de um partido que esteja representado por muitos representantes da sociedade civil organizada, a captação de demandas e desejos apenas dessa parcela, pode ( e não raro) não representar a maioria ou a parcela que decidirá num momento seguinte qual será o rumo do município dali em diante.

A Quinta: a otimização das demandas

E se o grupo for minoria hoje? Como atuar?.A sociedade é complexa, como complexa são suas soluções. Cada grupo/parcela da sociedade demanda ações/reivindica atenção a sua proposta, e não haverá recursos para todas as demandas. Todavia, existem demandas realísticas e que podem e devem ser abraçadas pela candidatura, e que se ligará à população por sua proposta de ouvir a todos, até mesmo a oposição.

A novidade pode ser bem aceita ou não. Será bem aceita se representar os anseios da população antes não ouvida em suas reivindicações, será também da capacidade do candidato ter a empatia da população e também de seu preparo em responder as críticas e pressões por parte da oposição e da população que não o conhece e /ou reconheça.

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