terça-feira, 24 de abril de 2012

Eleições do Baixo Tocantins: Humildade é a palavra

Para os analistas políticos de escritórios do Baixo Tocantins...

Vai uma observação para guardar com carinho...

Nas Próximas eleições lá pelo tocantins, e seus municípios ganharão os condidatos a alciade que demonstrarem humildade com povo... Muito cuidado com a vaidade e a soberba, principalmente para aqueles que substimam a população. Falo de cátedra... O Povo observa o alcaide e seus asseclas do mal, principalmente em algumas localidades onde os mesmos não valem uma nota de tostão... A população está cansada... Alguns renovarão com supresas, outros continuarão... Como diz Nelson Rodrigues, vai etender a unanimidade, principalmente quando ela está no mobral...

Na próxima observação para os Analistas de escritórios, vamos cobrar pela observação...

sábado, 14 de abril de 2012

O antropólogo Gilberto Velho e seu legado

Morreu na madrugada deste sábado, aos 66 anos, o antropólogo Gilberto Velho. Primeiro profissional da área a ingress ar na Academia Brasileira de Ciências (em 2000), dormia em seu apartamento, em Ipanema, quando sofreu um AVC. Gilberto apresentava problemas de cardiopatia. O enterro será no domingo, das 10h às 15h, na capela 3 do Cemitério São João Batista, em Botafogo. Gilberto era divorciado e não deixa filhos.
Para o antropólogo Roberto DaMatta, a morte de Gilberto Velho deixa uma lacuna nos estudos sobre os fenômenos urbanos, como a violência e a constituição da sociedade moderna.
— Como orientador, ele ajudou a concluir muitas teses importantes para a ciência. Tinha uma sabedoria muito grande e, além de grande acadêmico, era meu amigo — contou.
Vice-presidente da Associação Brasileira de Antropologia, Luiz Fernando Duarte é categórico ao dizer que Gilberto é um dos fundadores da antropologia urbana no Brasil, ciência que trouxe de seus estudos nos Estados Unidos:
— A antropologia era muito caracterizada pelo estudo das sociedades indígenas. Gilberto colocou em questão assuntos como o consumo de drogas e a sensualidade.
Em 2000, o antropólogo Gilberto Cardoso Alves Velho alcançou um feito inédito na sua profissão: tornou-se o primeiro de sua área a ingressar na Academia Brasileira de Ciências. O fato chamou a atenção para a relevância de um acadêmico que publicou obras clássicas da antropologia urbana brasileira, como “A utopia urbana: um estudo de antropologia social” (1973) e “Individualismo e cultura: notas para uma antropologia da sociedade contemporânea” (1981).
Atualmente, Gilberto era professor titular do Departamento de Antropologia do Museu Nacional, da UFRJ. Em 2000, foi agraciado com a Grã Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. No ano anterior, já havia ganhado a Comenda da Ordem de Rio Branco.
Nascido no Rio, Gilberto graduou-se em ciência sociais pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, da UFRJ, em 1968. Em 1970, ele se tornaria mestre em antropologia social pela mesma faculdade. Um ano depois, se especializaria em antropologia urbana e das sociedades complexas na Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Em 1975, concluiria o doutorado em ciências humanas pela Universidade de São Paulo.
Gilberto Velho foi presidente da Associação Brasileira de Antropologia (1982-1984), presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (1994-1996) e vice-presidente da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (1991-1993).

Fonte: O Globo

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sobre Pesquisas Eleitorais: algumas pequenas reflexões

Acompanham por noticiários e também por alguns sites das redes sociais que já começou o período de pesquisas eleitorais. O que observo por anos de coordenação e supervisão de pesquisas tanto para o serviço público, como para a iniciativa privada é que sempre a experiência e a seriedade são indicativos para que os resultados sejam de fato aquilo que os entrevistados estão sugerindo e/ou pensando no momento de qualquer levantamento estatístico. Para isso, algumas recomendações são importantes, como:

1 - A amostra bem elaborada e estratificada conforme os critérios estatísticos;

2 - Pesquisadores de campo com bom treinamento, principalmente na abordagem das perguntas espontâneas;

3 - Supervisão de campo com experiência e atentas a problemas que surgem no decorrer da pesquisa;

4 - Checagem de campo, um importante instrumento para a qualidade da informação...


Cabe salientar, a seriedade e a ética nas informações, pois as diferenças de margens de erro podem ser manipuladas para mais, ou para menos, o que poderá resultar a induções equivocadas e maquiadas para candidato A, e/ou  marca B...

PS: Sou a favor que os Tribunais Eleitorais proíbam pesquisas políticas 15 dias do pleito eleitoral... Pois, observamos os riscos de manipulação, colocando descrédito nas informações e induzindo o eleitor a votar naquele que foi colocado na frente e/ou estratégicamente induzidos para mais ou menos ...





O Editor

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Deficiente visual é o maior usuário das bibliotecas em SP

Deficiente visual é o maior usuário das bibliotecas em SP
Edison Veiga e Paulo Sandaña - O Estado de S. Paulo - 28/03/2012
Sérgio Luiz Florindo, de 51 anos, já pegou de empréstimo 533 livros na Biblioteca São Paulo, zona norte da capital. É o associado que mais obras leu nos dois anos do equipamento. "Os livros me levaram a lugares que eu nem imaginava existir", diz ele, que é deficiente visual de nascença. Mantida pela Secretaria de Estado da Cultura, a Biblioteca SP tem um grande acervo de audiolivros - além de filmes, CDs, gibis, jogos, computadores com acesso à internet e até os tradicionais livros em papel. Levado pela filha Larissa, de 25 anos, Florindo descobriu o mundo dos audiolivros. Além dos autores favoritos, já tem até sua lista de melhores narradores - Drauzio de Oliveira é o primeiro, seguido de Carlos Campanelli.
Florindo se tornou um devorador de obras. No áudio do DVD da sua casa, chega a ouvir três livros em um dia. A biblioteca permite que ele pegue dez obras de cada vez, ele nunca pega menos que isso. "O cego constrói a imagem na mente e o escritor faz isso pra ele. Descreve a fisionomia, o lugar, fornece a imagem e eu vou construindo", conta ele. A primeira obra que pegou foi Brumas de Avalon (de Marion Zimmer Bradley). Acabou com os quatro volumes em dois dias. Só falta O inferno para que termine a Divina Comédia, de Dante Alighieri. Mas seus livros prediletos são: Dom Quixote, de Cervantes, e toda obra de Jorge Amado.
O entusiasmo de Florindo com os livros deve-se muito pela segregação a que foi submetido a vida toda. Nunca aprendeu a ler em braile. Estudou praticamente todo o ensino fundamental omitindo à escola que era deficiente visual. Contava com a ajuda de colegas. No ensino médio, um professor entendeu que sua deficiência traria problemas à classe e ele teve de abandonar a escola. "Ficava muito sozinho, só um amigo peruano que me ajudava mesmo. Graças a ele, eu até dirigi um carro uma vez." Aos 21 anos, trabalhou por um tempo no estoque de uma perfumaria. Com ajuda do irmão, o chefe também não sabia que ele era deficiente. Após a descoberta, teve de sair. Foi seu único emprego. Casou, teve uma filha. Quando Larissa tinha 10 anos, a mãe sumiu. Florindo cuidou da filha, ajudou-a com as lições da escola. Ainda hoje Florindo mora em com a mãe. "Eu fiquei por anos sem fazer nada em casa. Às vezes cansa não enxergar porque a gente perde muita coisa. Para mim, os livros foram a fuga", diz. Florindo também gosta de cinema e tem sua musas preferidas, a partir das descrições de amigos. "Minha preferida é a Kim Basinger. Porque é loira e tem olhos claros", diz ele. "Sou cego mas não sou bobo."